‘Me recuperando dos traumas’, diz tatuador que perdeu olho após ser atingido por ácido

Após passar por mais um transplante na esperança que tivesse de volta a visão que perdeu após a ex-mulher jogar ácido em seu rosto, em Campo Grande, o tatuador Leandro Coelho Marques, acabou tendo que retirar o olho direito.

Apesar de toda a situação que viveu e a rotina que parou, Leandro disse ao Jornal Midiamax que está se recuperando dos traumas e que se apegou a Deus.

Ele explicou que em fevereiro ocorreu o primeiro transplante, mas teve uma perfuração no olho e a partir daí surgiram várias complicações. Foram feitos dois transplantes de membrana, encaminhadas de Sorocaba (SP), dois de córnea e o último, há um mês. “Esse último infelizmente teve que tirar. Teve um problema entre o cérebro e o olho então tive que tirar. O olho, pelos médicos e medicina, já não teria mais evolução, então tive que escolher tirar o olho senão desceria para o cérebro”, explicou.

Ele disse ainda que não tem sido fácil, já que não recebe nenhum benefício do governo e ainda não está trabalhando, mas tem projetos de montar um comércio de revenda de produtos, porém ainda não tem suporte financeiro.

“Estou focado no tratamento por enquanto. Faz um mês que tirou o olho, então tem que ficar de repouso até melhorar bem. Estou me recuperando dos traumas. Futuramente tem transplante de córnea do lado esquerdo, se Deus não me curar antes”, afirma.

O transplante de córnea do lado esquerdo, segundo ele, ainda segue sem data, porém faz tratamento que vai evoluindo até a cicatrização, mas esse tratamento é de cerca de um ano, aí só depois pode ser marcada a cirurgia.

Para o olho que perdeu, a expectativa é colocar uma prótese. “Já foi agendada uma consulta para o médico ver a situação, pegar fotos antigas para encomendar a prótese, que demora uns 4 meses para chegar”, explica.

Como ainda não consegue trabalhar, ele pede ajuda através de Pix e ou de uma vakinha. Para realizar Pix, a chave é: 67 991950347 Leandro Coelho Marques.

Relembre o caso

O tatuador chegava em sua casa, na Travessa Quernita, no Bairro Aero Rancho, no dia 22 de fevereiro, quando a ex-companheira o chamou para conversar. Quando ele se aproximou, ela jogou um líquido corrosivo em seu rosto.

Imagens de câmeras de segurança mostram a autora fugindo e o tatuador pedindo socorro a vizinhos. Em entrevista ao Jornal Midiamax, ainda durante internação na Santa Casa, o tatuador explicou que a mulher não aceitava o fim do relacionamento, ocorrido há quatro meses.

A autora continua foragida, apesar de já ter sido indiciada pelos crimes de perseguição e lesão corporal gravíssima, segundo o delegado Felipe Madeira. A pena vai de seis meses a dois anos por perseguição e de 2 a 8 anos pela lesão.