Justiça nega liberdade a investigador preso por furtar carga de cigarros contrabandeada
Os policiais civis foram presos em julho depois do contrabandista denunciar os agentes
Thatiana Melo –
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A Justiça negou o pedido de liberdade de um dos investigadores presos no dia 4 de julho deste ano, após o furto de uma carga de cigarros contrabandeados, em Campo Grande. Os dois investigadores foram presos depois de serem denunciados pelos contrabandistas.
A decisão de negar a liberdade a um dos investigadores foi publicada em Diário da Justiça desta terça-feira (5). “Ante o exposto, hei por bem em indeferir o pedido de liberdade provisória/revogação da prisão preventiva/medidas cautelares, formulado pelo requerente”, diz a decisão.
Os dois investigadores presos foram denunciados pelo MPMS (Ministério Público Estadual) pelos crimes de peculato e contrabando. O MPMS ainda deixou de propor acordo de não persecução penal, já que a pena mínima ultrapassa 4 anos, inviabilizando a celebração do acordo por não preenchimento do requisito. Também foi deixado de oferecer a suspensão condicional do processo a todos os denunciados.
A promotora que assina a denúncia, no dia 18 de julho, é Cristiane Amaral Cavalcante. Os dois investigadores foram afastados de suas funções no dia 12 de julho.
Prisão dos investigadores
Os policiais, então, foram até o local para averiguar e uma quadra antes foram abordados pelo contrabandista que relatou ter tido seus veículos apreendidos sem que nenhuma documentação fosse apresentada a ele. Neste momento, foi flagrado um Fiat Punto saindo do local e quando abordado foi percebido que no banco do carona estava um investigador da Polícia Civil.
Já em frente ao barracão estava outro investigador da Polícia Civil. Os veículos estavam estacionados no pátio do depósito carregados com cigarros contrabandeados. Durante a vistoria, foram encontradas munições em uma caminhonete Amarok de um dos suspeitos que estava na companhia dos policiais civis.
Os policiais disseram que os veículos foram apreendidos no dia 29 e, como nenhum policial aceitou receber a apreensão, eles teriam ido até Vista Alegre para trazer os veículos e deixá-los no depósito, já que a princípio não havia espaço na delegacia. Os policiais civis foram levados para a delegacia. A carga de 2.540 cigarros foi apreendida e o caso registrado como peculato, contrabando e porte ilegal de arma de fogo.
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