‘Indícios suficientes para acusação de autoria crime’, aponta juiz na leitura do processo de Name
Julgamento da morte de Matheus terá duração de quatro dias
Ari Theodoro, Thatiana Melo –
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Durante a leitura do processo no início do julgamento de Jamil Name Filho, Vladenilson Olmedo e Marcelo Rios, o magistrado Aluísio Pereira disse que “há indícios suficientes para acusação de autoria do crime”. O assassinato de Matheus aconteceu no dia 9 de abril de 2019.
O magistrado ainda relatou que foram ouvidas 24 testemunhas. “Analisando todo contexto do processo decidi pronunciar os acusados, inclusive Jamil pai, que já faleceu, além de José Moreira Ferreira que também morreu em Mossoró”, falou o magistrado.
Minutos antes do julgamento começar, a defesa de Name pediu mais uma vez ao juiz Aluisio Pereira que o promotor não participasse do júri, mas teve o pedido negado novamente. Na última sexta-feira (14), a defesa alegou suspeição afirmando que Gerson teria ‘inimizade’ com a família Name, mas teve o pedido negado.
Com quatro dias de duração, o julgamento de Jamil Name Filho, Marcelo Rios e Vladenilson Daniel Olmedo, o ‘Vlad’, acontece com um megaesquema de segurança com forças policiais estaduais e federais dentro e fora do plenário.
O trio será julgado pelo assassinato de Matheus Coutinho, morto com tiros de fuzil, em abril de 2019, em frente de casa. Todos foram investigados na Operação Omertà. Faixas foram espalhadas pela cidade em protesto apontando atuação de milícias.
Execução de Matheus
O crime aconteceu na Rua Antônio Vendas, no Jardim Bela Vista, no dia 9 de abril de 2019. O relato é de que o crime teria ocorrido mediante orientações repassadas por Vlade e Marcelo Rios, a mando de Jamil Name e Jamil Name Filho.
Naquela noite, vários tiros de fuzil AK-47 foram feitos contra Matheus. No entanto, os criminosos acreditavam que dentro da caminhonete estava o pai do jovem, que seria o verdadeiro alvo dos acusados.
Também segundo as investigações, o grupo integrava organização criminosa, com tarefas divididas em núcleos. Então, para o MPMS, Jamil e Jamil Filho constituíam o núcleo de liderança, enquanto Vlade e Marcelo Rios eram homens de confiança, ‘gerentes’ do grupo.
Já Zezinho e Juanil seriam executores, responsáveis pela execução de pessoas a mando das lideranças. Assim, meses depois, os acusados acabaram detidos na Operação Omertà, realizada pelo Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Bancos, Assaltos e Sequestros) e pelo Gaeco.
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