Pular para o conteúdo
Polícia

Ferro quente, enforcamento e estupro: sessões de tortura que mãe e filha de 12 anos sofriam em MS

Mulher era proibida de visitar amigos, familiares e trabalhar
Thatiana Melo -
Mulher ficou em poder do homem por cerca de 20 dias. (Foto: Reprodução, Jus.com.br)

Depoimento de uma mulher de 25 anos, torturada, espancada e estuprada pelo marido com quem vivia há 14 anos, em uma cidade de Mato Grosso do Sul, revela detalhes do crime que chama atenção pela brutalidade. A filha de 12 anos também era torturada pelo homem que foi preso nessa terça-feira (21). O caso foi denunciado após chegar ao conhecimento do Conselho Tutelar.

O Jornal Midiamax não vai revelar o nome da cidade e nem do autor para preservar as vítimas, conforme estabelece o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente). O casal tem quatro filhos.

Durante seu depoimento na delegacia, a mulher revelou a situação de cárcere em que vivia, já que era proibida de sair de casa para ver familiares, amigos ou sequer trabalhar. Em uma das sessões de tortura a que ela foi submetida, o autor esquentou um ferro de passar e queimou a perna da vítima. 

Ele ainda a enforcou com um cinto e só não a matou porque os filhos do casal, ao verem a cena, começaram a gritar por socorro. Ela também já teve as pernas queimadas com arame quente, e foi estuprada diversas vezes pelo marido, quando era obrigada a manter relações sexuais com ele. 

A mulher ainda disse que era ameaçada com facas e agredida com socos, chutes, empurrões e enforcamentos. A menina de 12 anos contou que era agredida com cinto de couro e que, em uma das vezes, o pai a pegou na rua e a espancou com o cinto por muito tempo. Ela não soube nem detalhar quanto tempo levou até ser levada de volta para casa.

Apanhou porque foi para igreja

A vítima relatou que foi agredida porque foi até a igreja. Além disso, o pai ameaçou dizendo: “Não é para sair de casa, porque se sair vai apanhar até desmaiar”. A menina tinha marcas nas pernas. 

Ainda segundo o depoimento da mulher, ela disse que o autor sempre falava: “quem manda sou eu, vai ser do meu jeito”.

A vítima ainda relatou que em uma das vezes em que foi agredida seria pelo motivo de ter ido ao mercado e conversado com um desconhecido, e por isso, ao chegar em casa acabou sendo espancada. Por medo e represálias, ela disse nunca ter registrado um boletim de ocorrência contra ele.

Foram solicitadas medidas protetivas contra o agressor como proibição de aproximação das vítimas e familiares por 100 metros. 

Compartilhe

Notícias mais buscadas agora

Saiba mais

Durante chuva forte em Campo Grande, asfalto cede e abre ‘cratera’ na Avenida Mato Grosso

Bebê que teve 90% do corpo queimado após chapa de bife explodir morre na Santa Casa

Com alerta em todo o Estado, chuva forte atinge Campo Grande e deixa ruas alagadas

Tatuador que ficou cego após ser atingido por soda cáustica é preso por violência doméstica

Notícias mais lidas agora

Menino de 4 anos morre após tomar remédio controlado do pai em Campo Grande

Pedágios

Pedágio em rodovias da região leste de MS fica 4,83% mais caro a partir do dia 11 de fevereiro

Vítimas temem suposta pressão para abafar denúncias contra ‘fotógrafo de ricos’ em Campo Grande

Morto por engano: Trabalhador de usina foi executado a tiros no lugar do filho em MS

Últimas Notícias

Política

‘CPI do Consórcio Guaicurus’ chega a 10 assinaturas e já pode tramitar na Câmara

Presidente da Câmara, Papy (PSDB) não assinou pedido da CPI após defender mais dinheiro público para empresas de ônibus em Campo Grande

Cotidiano

Decisão de Trump de taxar aço pode afetar exportação de US$ 123 milhões de MS

Só em 2024, Mato Grosso do Sul exportou 123 milhões de dólares em ferro fundido para os EUA

Transparência

MPMS autoriza que ação contra ex-PGJ por atuação em concurso vá ao STJ

Ação pode anular etapa de concurso por participação inconstitucional de Magno

Política

Catan nega preconceito após Kemp pedir respeito à professora trans

Fantasia de ‘Barbie’ da professora não foi considerada exagerada por outros deputados