‘Estão tentando tirar o foco do assassinato’, diz pai de Matheus em julgamento de Name

Matheus foi morto no lugar do pai que era o alvo da família Name

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Paulo Xavier, pai de Matheus (Nathalia Alcântara, Midiamax)

Durante o intervalo de cinco minutos no segundo dia de julgamento do caso da morte de Matheus Coutinho, o pai do estudante de direito, Paulo Xavier, o ‘PX’, relatou que a defesa de Jamil Name Filho está tentando tirar o foco do crime.

“Estão fazendo cortina de fumaça, e tentando colocar outros assuntos, em uma forma de tirar o foco do assassinato”, falou Paulo Xavier. Entretanto, Xavier disse acreditar que os jurados estão atentos, assim como a imprensa.

Antes do começo do júri, Paulo Xavier disse: “A sensação que a gente tem é que está em um pesadelo”. ‘PX’ foi ouvido no primeiro dia do julgamento e chorou ao relembrar a morte do filho praticamente em seus braços. O pai de Matheus ainda aproveitou para agradecer o trabalho da imprensa, alegando que, desta forma, foi possível chegar ao julgamento dos acusados. “Se não fosse a imprensa, acredito que não estaríamos aqui neste dia, buscando justiça pelo meu filho”, disse.

Dia do crime

Pai de Matheus relatou que, no dia do crime, Vlad teria dito que Name Filho queria falar com ele. Então, foi, já que, segundo PX, Vlad sabia de todos que iam morrer e queria descobrir se ele tinha informação de quem teria assassinado seu filho.

Então, Jamilzinho chamou PX para conversar longe do Name Pai em outra sala, onde também estavam Marcelo Rios – terceiro réu – e Vlad armados com pistola na cintura e disse. “Aconteceu isso aí e vou te dar um dinheiro para sair de Campo Grande. Aí ele me deu um pacote em que continha 10 mil reais, você sai, enterra seu filho e vai embora”, disse PX em depoimento ao Júri.

Ainda conforme o relato do pai de Matheus, ao afirmar que teria que falar com a polícia, Jamilzinho o mandou não falar com ninguém e, quando chegar, em qualquer lugar, era para entrar em contato com Vlad. Nesse momento, Vlad passou um novo número de telefone, pois vivia trocando. Depois lhe ofereceu água em uma garrafa. PX disse que suspeitou e percebeu que a garrafa estava ‘suada’, mas não havia saído da geladeira e Jamilzinho insistia para que ele bebesse.

Notou ainda que a garrafa não fez barulho de que havia aberto o lacre naquele momento. Então se apressou para ir embora. “Falei que tinha que ir e aí combinei que assim que enterrasse [o filho] ia embora”.

Questionado sobre José Moreira Freires e Juanil, PX foi curto ao dizer que eles não tinham nada contra ele. “Matadores de aluguel contratados pela família Name”.

“Que me matassem doutor, mas não matassem o meu filho”, disse PX direcionando a fala aos advogados de defesa dos réus.

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