Com horário restrito, vítima fica sem atendimento no Imol da Casa da Mulher Brasileira
Vítima foi levada para a Deam na madrugada e depois encaminhada ao hospital
Renata Portela, Dândara Genelhú –
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Na madrugada deste domingo (2), mulher vítima de violência doméstica acabou levada para a Santa Casa, sem passar por atendimento no Imol (Instituto de Medicina e Odontologia Legal) da Casa da Mulher Brasileira). O atendimento é feito até 1 hora da madrugada.
A princípio, no plantão entre a noite de sábado e a manhã deste domingo, este foi o único atendimento que precisaria do serviço no Imol. No entanto, o local já estava fechado.
Assim a vítima foi levada para a Santa Casa de Campo Grande. Ela também não quis prestar queixa nem deu detalhes sobre o agressor na Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher).
O Imol da Casa da Mulher Brasileira foi inaugurado na sexta-feira, quando começaram os atendimentos. O funcionamento acontece das 7 horas às 13 horas e das 19 horas à 1 hora.
Ministra inaugurou a sala
A ministra da Mulher, Cida Gonçalves, inaugurou a unidade do Imol da Casa da Mulher Brasileira de Mato Grosso do Sul
“Elas chegam na Casa da Mulher e vão encontrar todos os serviços e agora o Imol. Isso significa que elas vão ter todo o atendimento necessário para quando elas decidirem sair da situação de violência”, pontuou a ministra.
Em agenda na quinta-feira (30), Cida afirmou que o Brasil terá 40 novas Casas da Mulher. Assim, disse que estudará a possibilidade de uma sala do Imol em cada uma das novas unidades.
“Depende das negociações de cada Estado, porque o Imol é muito especializado, não sendo tão fácil de negociar”, explicou. Presente na inauguração, a prefeita Adriane Lopes (Patriota), disse que “o serviço que faltava está sendo implementado hoje, muitas mulheres desistem de dar continuidade nas tratativas quando eram enviadas ao Imol”, relatou.
Então, destacou que o Imol completa os serviços da Casa da Mulher. “Além disso, pretendemos fazer mais campanhas de prevenção combatendo a violência contra a mulheres”, afirmou.
Cooperação mútua
Durante a cerimônia foi entregue um dossiê com o perfil das mulheres vítimas de violência e onde elas moram. A subsecretária de políticas para mulheres, Carla Stefanini, afirmou que a sala facilitará o inquérito policial.
“A sala vai além da facilidade do acesso ao exame, mas sim das condições para fortalecer a construção do inquérito policial e da consequente ação penal”, pontuou.
Além da ministra, assinaram o termo de cooperação mútua para implementar o Imol na Casa da Mulher de Campo Grande: a prefeita Adriane Lopes, o secretário adjunto de Justiça, Coronel Ari Carlos Barbosa, o coordenador geral de perícias, José de Anchieta Souza e Silva. A subsecretária de políticas para mulheres, Carla Stefanini, o presidente da Câmara de Campo Grande, vereador Carlos Augusto Borges (PSB), a primeira-dama Mônica Riedel.
Nova Casa da Mulher em MS
A ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, revelou que uma nova Casa da Mulher Brasileira deve ser implementada em Mato Grosso do Sul. Assim, a ideia da pasta é construir 40 novas casas em todo o país.
A informação partiu da ministra durante agenda em Campo Grande. Nesta quinta-feira (30), ela participa de audiência pública na Alems (Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul) sobre violência contra mulher e feminicídio.
Contudo, ainda não existem detalhes sobre a nova Casa da Mulher. Nesta sexta-feira (31), Cida afirmou a pauta ainda não foi discutida. “Estive com ele [Governador Eduardo Riedel], mas não discutimos sobre isso. Nós vamos estar avaliando as Casas, porque na verdade as Casas necessitam de uma pactuação do Estado, da Prefeitura, Tribunal de Justiça, da Defensoria e do Ministério Público”, explicou.
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