Caso Sophia: Após ‘bate-boca’ entre juiz e advogado, réus serão ouvidos em nova audiência

Nova audiência foi remarcada para esta sexta-feira (26) e mãe e padrasto de Sophia devem ser ouvidos

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Foto: Kisie Ainoã – Arquivo Midiamax

Foi remarcada para esta sexta-feira (26) a segunda audiência do Caso Sophia, interrompida após bate-boca entre o juiz e um dos advogados de defesa da mãe da menina na sexta passada (19). Estão previstos para serem ouvidos os réus – mãe e padrasto de Sophia – além da testemunha que teve seu depoimento interrompido.

Após a confusão ocorrida na última audiência, o juiz Carlos Alberto Garcette determinou que os interrogatórios serão feitos a portas fechadas, sem a presença de público, incluindo a imprensa. A justificativa, baseada no artigo 792 do Código Penal, é de que o livre acesso possa gerar “escândalo, inconveniente grave ou perigo de perturbação da ordem”.

Advogados retirados do Plenário

Os advogados de defesa do padrasto de Sophia, Willer Souza Alves e Pablo Gusmão, foram retirados após um deles, Willer, discutir com o juiz ao dar um copo d’água para uma testemunha durante o depoimento dela.

A testemunha prestava depoimento e respondia às perguntas do juiz, quando começou a se emocionar e chorar no plenário. O advogado Willer, do padrasto de Sophia, teria passado em frente do magistrado e entregue um copo d’água para a mulher.

O juiz teria dito ao advogado que era permitido que ele fizesse apenas a função de defesa durante a audiência, e explicou que copo de vidro não era permitido para as testemunhas. O advogado teria falado que “poderia fazer a função que quisesse, de advogado ou copeiro”, quando foi advertido pelo juiz.

Então, o magistrado pediu para que os policiais militares que acompanham as audiências, retirassem o advogado, que no primeiro momento se negou. O outro advogado, Pablo Gusmão, ainda teria tentado amenizar a situação, e também foi retirado do Plenário.

Pablo já havia interrompido, por duas vezes, o depoimento de uma testemunha anterior, pedindo para que a defesa da mãe de Sofia fizesse perguntas que se atentassem apenas aos fatos, já que o advogado da ré teria questionado se as testemunhas achavam que o casal seria capaz de cometer tais atos.

Os advogados acionaram as prerrogativas da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil).  Os depoimentos anteriores serão mantidos.

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