Caixa e entregador são presos por falsificar entrega de restaurante e causar prejuízo de R$ 12 mil

Dupla responde por furto qualificado. Homem confessou, mas jovem nega que tenha feito algo ilegal

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(Henrique Arakaki, Midiamax)

Uma operadora de caixa, de 18 anos, e um motoentregador, de 24, foram presos em flagrante por furto qualificado após o sócio da empresa de comida japonesa onde a dupla trabalhava descobrir e flagrar um golpe de falsas entregas. O crime ocorria há pelo menos 4 meses e deixou um prejuízo de cerca de R$ 12 mil.

O sócio da lanchonete, que fica na Rua Euclides da Cunha, no Jardim dos Estados, acionou a polícia e contou que há dois meses detectou duplicidade de pagamentos de taxas de entregas realizadas por um motoboy.

Depois de descobrir, o responsável passou a monitorar e verificar as notas de entregas já realizadas pelo iFood e ao comparar constatou que as notas eram as já realizadas pela plataforma do aplicativo, ou seja, a caixa gerava o código do iFood para a entrega, vinha um entregador, recebia o pedido e saía para a entrega. Depois gerou outro pedido para o comparsa que assinou normalmente como se tivesse realizado a entrega pela própria empresa. O motoentregador recebia pela entrega no dia seguinte.

O proprietário ao flagrar a ação na quarta-feira (26) acionou a polícia, ele estima que o prejuízo seja de cerca de R$ 3 mil por mês.

À polícia, o entregador contou que trabalha no restaurante há 1 ano e 4 meses e que há 6 meses passa por dificuldade financeira, inclusive atrasou o pagamento do licenciamento da motocicleta e que todo mês são aplicadas multas de trânsito que somam mil reais mensais. Segundo ele, tinha que fazer algo para conseguir uma renda maior e, então, teve a ideia de falsas entregas.

Ele disse ainda que a funcionária não ganhou nada com o fato, apenas o ajudou, pois ficou com pena da situação. O autor afirmou que quer restituir a vítima com valores recebidos indevidamente.

Já a jovem contou que conhece o entregador há 1 ano. Ela nega que tenha feito algo ilegal, dizendo que os motoentregadores tinham costume de realizar entregas fictícias e que as comandas eram geradas automaticamente pelo sistema do restaurante.

A dupla deve passar por audiência de custódia esta manhã.

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