‘Bebezão’ fez xixi na Casa da Mulher Brasileira e juntou 60 anos de cadeia até morrer em confronto
Ele se vangloriava de ter matado policial civil e prometeu beber sangue da mulher que o denunciou
Danielle Errobidarte –
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Joel de Lima Oliveira, de 44 anos, conhecido como ‘Bebezão’, morto na manhã desta sexta-feira (12) durante confronto com policiais da Derf (Delegacia Especializada em Roubos e Furtos), no Bairro Tarsila do Amaral, acumulava quase 60 anos de condenação, incluindo quatro homicídios e tráfico de drogas. Ele também tinha em seu histórico ameaça de “beber sangue” da mulher que o denunciou, além de ter feito xixi na Casa da Mulher Brasileira.
A primeira condenação de Joel é de seis anos de prisão, no ano de 2002, por homicídio simples; o segundo processo que respondeu, também no ano de 2002, somou mais um ano e seis meses; o terceiro, de homicídio qualificado, teve condenação de 10 anos e 4 meses e, por fim, o assassinato do policial civil Nelson Costa Júnior, no ano de 2006, ao qual ele foi condenado a 15 anos e sete meses de prisão.
Além disso, ‘Bebezão’ tinha duas condenações por tráfico de drogas, uma no ano de 2006 junto a corrupção de menores, o qual foi condenado a 12 anos e nove meses de prisão. A segunda condenação por tráfico foi no ano de 2009, quando ele foi condenado a 11 anos e oito meses de prisão, totalizando 58 anos e dois meses de pena.
“Vou beber o sangue de vocês”
No dia 1º de junho de 2022, Joel foi conduzido para a Deam (Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher) por ter ameaçado de morte uma mulher. Ele teria dito “vou matar você e sua família e beber o sangue deles” e “na minha próxima saída de sete dias vou matar vocês”.
Joel ainda teria quebrado a porta da casa onde morava, na presença de crianças. Já na delegacia, ele ainda teria desacatado os policiais militares que o prenderam, dizendo que “era matador de polícia”, se referindo à morte do policial civil.
Além disso, nesse mesmo dia, ele teria urinado nas dependências da sala da PM na Casa da Mulher Brasileira e exposto seus órgãos genitais no local. Em depoimento, a mulher disse que era ameaçada e agredida quando Joel fazia uso da álcool.
Entretanto, a vítima relatou que só teve coragem de denunciá-lo após ele dizer que “arrancaria o coração” dela e beberia o sangue de seus familiares. Ela ainda relatou que ele também era usuário de drogas e utilizava arma de fogo nas ameaças.
Por fim, ela ainda pediu medidas protetivas de urgência contra ele. A saída temporária dele foi revogada e ele encaminhado para o presídio da Gameleira. Por isso, quando foi morto na manhã de hoje (12), ele também estava evadido do sistema prisional, desde o dia 19 de abril.
Morto após atirar contra policiais
Segundo informado pela Derf, ‘Bebezão’ teria apontado a arma de fogo para os policiais que entraram no imóvel e puxado o gatilho. Assim, foram eles revidaram e atingiram o autor, que foi socorrido para a Santa Casa. Entretanto, ele não resistiu aos ferimentos e morreu pouco depois. Na casa foram apreendidos um revólver calibre 38, usado por Joel, além de dois quilos de maconha.
Assassinato de policial civil
Joel de Lima Oliveira chegou a ser sentenciado pelo assassinato do policial, Nelson Costa Júnior. O investigador foi assassinado a tiros na madrugada do dia 4 de fevereiro de 2006 em um bar localizado na avenida Mato Grosso no Bairro Jardim dos Estados em Campo Grande.
O policial foi morto com quatro disparos que atingiram os rins, braço e cabeça. Nelson estava no bar quando identificou Joel, foragido da justiça e deu voz de prisão. Joel reagiu, efetuou os disparos e fugiu em seguida em uma motocicleta
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