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Polícia

Acusado de tráfico pede na Justiça direito de cultivar cogumelos alucinógenos sem ser preso

Ele alegou que tem TDAH e que utiliza o psicotrópico para tratamento
Renata Portela - Publicado em
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Cogumelos apreendidos (Foto: Nathalia Alcântara/Jornal Midiamax)

Preso em fevereiro deste ano por tráfico de drogas, após ser flagrado com cultivo de cogumelos alucinógenos em Campo Grande, homem de 29 anos tenta na Justiça o direito de plantar os cogumelos. A alegação é de que ele utiliza o produto para tratamento de TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade).

Conforme o pedido feito na 6ª Vara Criminal Residual de Campo Grande, o homem tem relatório médico que recomenda o tratamento com os cogumelos. Tal cogumelo seria da espécie psilocybe cubensis.

Ainda é relatado que tal cogumelo não entra na lista de plantas que podem originar substâncias entorpecentes ou psicotrópicas. No entanto, como já noticiado pelo Midiamax, esses cogumelos têm a substância psicotrópica psilocina.

Tal substância é catalogada como entorpecente, pela Portaria nº 344 de 12 de maio de 1998, da Anvisa. Ainda na peça, a defesa pede salvo-conduto para que o paciente possa cultivar o fungo sem que sofra prisão em flagrante.

Ainda é anexado laudo médico, que esclareceria o tratamento. Até o momento não há decisão sobre o pedido.

Presos por produção e venda de cogumelos

O homem de 29 anos e um jovem, de 19 anos, foram presos no dia 8 de fevereiro, com grande quantidade de cogumelos. Eles foram detidos na região do Tiradentes, mesmo bairro onde fica localizada a Denar (Delegacia Especializada de Repressão ao Narcotráfico).

Assim, com denúncias feitas por testemunhas, os policiais chegaram até o laboratório do acusado. No local, foram apreendidos dois quilos de cogumelo, de diversas formas, até mesmo em cápsulas.

Apesar do flagrante, o suspeito alegou que o cogumelo é produzido e vendido para seitas. Já o jovem de 19 anos era ajudante do suspeito e também foi preso.

Ainda segundo a polícia, o responsável pelo cultivo, além de produzir, também ministrava e vendia curso sobre a produção de cogumelos. Ele já tinha ao menos 400 ‘alunos’.

Essa droga era vendida por encomenda, custando R$ 100 uma pequena porção. Também foram apreendidos computadores e celulares na residência.

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