Comerciante cola cabides em expositor para evitar furtos no Centro: ‘é bandido toda hora’
A região era para ser um corredor cultural, mas é tomada por usuários de drogas e traficantes
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Comerciantes da Avenida Calógeras, especialmente na quadra entre a rua Marechal Rondon e a rua Dom Aquino, no Centro de Campo Grande, estão enfrentando onda de violência. O local era para ser um corredor cultural, mas se tornou reduto de usuários de drogas e bocas de fumo. Alguns lojistas improvisam e chegam a colar cabides no expositor para evitar furtos.
Abandonado pela segurança pública: é como define o dono de uma loja de roupas da região. Tonny Conrado, 37 anos, conta como os ladrões estão agindo para furtar os estabelecimentos.
“Vem dois, três, um fica te distraindo e o outro furta”, lamenta o comerciante. Tonny diz que está insustentável a situação: “É um descaso, estamos abandonados. É bandido toda hora”, reclama.
Ele contou que os criminosos arrombaram um estabelecimento ao lado do seu comércio, mas que o local está fechado. Os ladrões teriam entrado no local e quebraram um cano e deixaram vazando água, mas a surpresa foi quando entraram em contato com a polícia, quando foi informado que não podem fazer nada.
A dona de uma loja de roupas, Neuza Beraldo, de 58 anos, fala que as lojas são alvo dos criminosos em plena luz do dia. “A gente é roubada na cara dura, de celular a roupa”, afirma.
“Ficam cuidando o tempo todo, é um descuido e já era”, ressalta a empresária. Ela enviou um vídeo ao Jornal Midiamax, onde mostra um ladrão aproveitando um minuto de descuido e pega uma peça de roupa. Nas imagens é possível ver que a mulher está arrumando as roupas e o criminoso passa, olha para a loja, se aproxima da porta e puxa uma roupa e foge do local.
Neuza conta que são vários problemas que tem na região e que além dos pedintes que entram nas lojas e pedem dinheiro para os clientes, e caso não dão, são xingados e ameaçados. Também tem o problema das notas falsas que circulam entre os andarilhos da região.
“Chegam e compram uma coisa bem baratinha e levam o troco e quem fica com o prejuízo é a gente”, reclama. A comerciante faz uma ressalva para as autoridades: “A gente paga imposto e não tem como trabalhar”.
Ela lembra que a região era para ser um corredor cultural, mas que é cheio de usuário, morador de rua e traficantes. “Nada de cultura”, lamenta.
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