Testemunha nega semáforo desligado e diz que quase foi atropelada por colombiano

Colombiano estava bêbado quando atropelou e matou Matheus em Campo Grande

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Acidente vitimou Matheus
Acidente vitimou Matheus

Uma testemunha que presenciou o acidente no dia 28 de fevereiro, que matou Matheus Frota, de 27 anos, no cruzamento da rua Guia Lopes com a Avenida Salgado Filho, negou que os semáforos estavam com defeitos no momento da colisão. A defesa de Carlos afirma que o semáforo estava desligado.

Para o Jornal Midiamax, o homem disse que estava em uma motocicleta levando sua esposa para o trabalho e trafegava na rua Guia Lopes, mesma direção que seguia a Mercedes conduzida por Carlos Hugo Naranjo, de 32 anos.

“Quando passei o semáforo estava verde para mim e os carros da Salgado Filho estavam parados”, disse a testemunha que ainda relatou que algum tempo depois ouviu barulhos e a batida forte e ao olhar pelo retrovisor já viu a Mercedes vindo na mesma direção em zigue-zague e em alta velocidade.

Ainda segundo o homem, ele quase foi atropelado pelo colombiano e poderia ter sido atingido caso não tivesse jogado a sua motocicleta para o meio-fio. “Ele foi em direção ao Aero Rancho correndo e passando em todos os sinais vermelhos”, falou o homem.

A defesa de Carlos disse, na manhã desta sexta-feira (4), que os semáforos estavam desligados quando aconteceu a colisão mesmo Carlos dizendo, no dia de sua prisão, que acelerou no amarelo para dar tempo de passar antes do semáforo ficar vermelho. A Mercedes estaria a quase 100 km/h. O colombiano ainda havia revelado que não se lembrava do acidente, apenas, que havia batido em algo.

O colombiano teve seu pedido de prisão preventiva pedido na segunda-feira (28), pelo delegado Roberto Duarte Faria, após ele ser preso em Rochedo, a 81 quilômetros de Campo Grande. Ele passou por audiência de custódia nessa quinta-feira (3), quando foi determinado o pagamento de fiança de R$ 50 mil, a entrega do passaporte e uso de tornozeleira eletrônica.

Como a família não conseguiu levantar o dinheiro da fiança arbitrada, agora a defesa vai pedir pela redução em 30% do valor ou ainda a penhora da Mercedes como garantia do pagamento, e isso, segundo Nóbrega deve ser feito assim que o processo for distribuído ao juiz. Uma Mercedes 2013 de mesmo modelo do colombiano em bom estado é avaliada em cerca de R$ 74 mil. A família chegou a levantar o valor de R$ 15 mil na tentativa de soltar Carlos Hugo que foi transferido para um presídio de Campo Grande, nessa quinta (3). 

Depoimento

Em depoimento logo após ser preso, Carlos Hugo disse que o sinal estava verde para ele, quando passou no cruzamento da rua Guia Lopes com a avenida Salgado Filho. O colombiano ainda relatou que estava com mais três amigos dentro da Mercedes e que sentiu uma batida forte do seu lado, continuando pela rua e parando só após algumas quadras.

Após parar, os três amigos desceram, sendo que dois deles moram na região do bairro Aero Rancho. Depois de deixar os amigos, Carlos falou que saiu desesperado ao ver o estrago em sua Mercedes, dirigindo sem rumo. O colombiano ainda afirmou que não viu qual veículo havia batido em seu carro e que o sinal estava verde para ele.

Segundo informações passadas por um sargento da Polícia Militar que prendeu Carlos Hugo em Rochedo, ele contou que estava em uma tabacaria com amigos e que havia bebido whisky e cerveja, mas não disse a quantidade. Em depoimento, Carlos ainda afirmou que não estava bêbado. Ele teria chegado a perguntar para o sargento qual seria a pena no Brasil para crimes de trânsito.

Carlos Hugo foi autuado por homicídio simples na forma tentada, homicídio culposo na direção de veículo automotor e omissão de socorro.

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