Quadrilha usava MS como rota para contrabando de produto usado para ‘batizar’ cocaína

Grupo é alvo de operação da Polícia Federal denominada Galopeira

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Policiais federais
Imagem ilustrativa

Nesta quinta-feira (1º), a Polícia Federal cumpre mandados em Ponta Porã, a 346 quilômetros de Campo Grande, na Operação Galopeira. Os alvos contrabandeavam produtos que usavam para ‘batizar’ cocaína, dando volume à droga para a venda.

Conforme a PF, são cumpridos 19 mandados de busca e apreensão em Goiânia (GO), Trindade (GO), Rio Verde (GO) e Ponta Porã. A quadrilha contrabandeava produtos do Paraguai, entrando no país pela fronteira de Mato Grosso do Sul.

Assim, transportavam cigarros e agrotóxicos, mas passaram a traficar também produtos químicos controlados. Estes eram contrabandeados em embalagens de agrotóxicos e com a marca do que era realmente transportado – F para fenacetina, L de lidocaína e K para cafeína.

Já no Brasil, onde a venda desses produtos é fiscalizada pela PF, os insumos eram vendidos para traficantes. Com isso, eles ‘batizavam’ a cocaína, aumentando a quantidade da droga e maximizando o lucro na venda.

Ainda conforme a PF, essas substâncias também são em pó e brancas, mas causam efeitos analgésicos ou estimulantes. Por isso, são misturados com a droga, dando ainda a impressão de que a cocaína é pura.

Por fim, a PF esclareceu em nota que o contrabando de agrotóxico também é crime. Mas, se a quadrilha fosse descoberta, poderia ser detida apenas por esse crime, mascarando o tráfico.

Assim, a pena seria menor. Durante a operação, além do cumprimento dos mandados de busca e da apreensão de bens dos investigados, as contas bancárias também foram bloqueadas.

Os suspeitos responderão por tráfico internacional de drogas, associação para o tráfico internacional de drogas e contrabando.

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