Quadrilha que furtava condomínios de luxo ‘lucrou’ R$ 500 mil com apenas um dos crimes
Ao todo foram 6 residências furtadas pelos bandidos que revendiam joias em São Paulo
Mirian Machado, Renata Portela –
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A quadrilha alvo da Operação Patrimonium, realizada nesta terça-feira (13), deu prejuízo de aproximadamente R$ 500 mil em uma das 6 vítimas de furto. O grupo furtava residências em condomínios de luxo de Campo Grande e ostentava com o dinheiro do crime nas redes sociais.
Conforme o delegado Jackson Vale, da Derf (Delegacia Especializada em Repressão a Roubos e Furtos), os criminosos atuavam pulando os muros dos condomínios, após cortarem a cerca elétrica. Eles paravam o carro usado na fuga do lado de fora e, depois de entrarem nos condomínios, buscavam casas ‘vulneráveis’.
As residências alvos dos bandidos eram aquelas que estavam sem veículos na frente, que aparentavam não ter alarme ou pessoas dentro, com as luzes apagadas. Assim que invadiam as casas, eles buscavam por cofres. Depois também levavam joias e outros pertences de valor das vítimas.
Em uma das casas, o prejuízo estimado da vítima foi de R$ 500 mil. As joias que eram furtadas eram depois revendidas em São Paulo, pelas mulheres do grupo criminoso. Elas cuidavam das questões financeiras da organização criminosa segundo o delegado. O grupo chegou a ser alvo da polícia em abril, quando quatro foram presos.
Depois de conseguirem liberdade, eles ainda cometeram mais dois furtos. No último fim de semana, ainda houve uma tentativa de furto, que resultou na prisão em flagrante de dois homens. Com o grupo foram apreendidos 6 veículos entre carros e motos, joias, relógios, entre outros pertences.
Quadrilha foi presa na operação
A operação prendeu os integrantes da associação criminosa que tinha como alvo os condomínios principalmente na área central da cidade. Dos presos, quatro eram da mesma família, sendo o alvo principal, a namorada, o cunhado e a sogra.
Ao todo 6 endereços foram alvos de cumprimento de mandados de busca e apreensão. Foram apreendidos celulares, documentos, dinheiro em espécie, veículos e objetos produtos de furtos cometidos contra as vítimas, bem como adquiridos com o proveito dos crimes.
Durante as investigações, a polícia identificou 6 furtos qualificados e uma tentativa de furto em diferentes condomínios de Campo Grande. As duas mulheres eram responsáveis por venderem os produtos furtados e pela lavagem de dinheiro.
Já os outros eram mentor e executores dos furtos. Dois dos alvos também acabaram presos em flagrante por tentativa de furto à uma casa no Bairro Antônio Vendas no domingo (11). O oitavo indivíduo preso na operação era foragido da justiça e foi encontrado em um dos domicílios dos alvos.
Parte da quadrilha já tinha sido presa
Ainda conforme a Derf, parte da quadrilha tinha sido presa no fim de abril, quando vários objetos furtados foram recuperados. Alguns dos acusados atuavam como trabalhadores da construção civil dentro de condomínios como Terra Ville, Damha, Golden Gate, Vilas Park, Terras do Golfe, onde agiam como ‘observadores’ e, depois, praticavam os furtos nas residências.
Ao Poder Judiciário foram encaminhadas as provas de que os alvos da operação estavam usufruindo de bens, viagens, veículos e objetos de marcas renomadas, ‘ostentando’ nas redes sociais com dinheiro arrecadado dos furtos.
Para cada furto qualificado a legislação prevê pena de 2 a 8 anos de reclusão. Já por integrar associação criminosa a pena é de 1 a 3 anos de reclusão. Quatro Delegados e 30 agentes de Polícia Judiciária participaram da operação.
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