Psicólogo preso por estupro também é investigado por homofobia contra paciente
Paciente era questionado sobre a orientação sexual
Renata Portela –
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A Polícia Civil segue apurando há outras vítimas do psicólogo de 63 anos, preso na terça-feira (13) em Fátima do Sul, a 237 quilômetros de Campo Grande, acusado de abuso sexual contra pacientes. Também foi revelado que um paciente teria sofrido injúria racial por homofobia.
A delegada titular da DAM (Delegacia de Atendimento à Mulher) de Fátima do Sul, Gabriela Vanoni, esclareceu que há fato novo, após registro de boletim de ocorrência por injúria racial. Um paciente teria relatado que fazia tratamento para depressão com o psicólogo.
No entanto, conforme o site Dourados News, o acusado questionava a vítima sobre a orientação sexual e injuriava. A Polícia Civil ainda pede que outras possíveis vítimas do acusado procurem a delegacia.
Psicólogo preso por abusos
De acordo com a delegada Gabriela Vanoni, o psicólogo se aproveitava da situação de fragilidade das vítimas e também do ambiente sigiloso do consultório. Ele ainda afirmava que ninguém acreditaria nas vítimas e que seria a palavra delas contra a dele.
Ainda segundo a polícia, o psicólogo se valia do respaldo da profissão para cometer os abusos e acreditava na impunidade. O caso foi registrado na DAM de Fátima de Sul, após a adolescente de 15 anos ser abusada pelo psicólogo durante a consulta.
A partir daí iniciaram as investigações e foi identificado que já havia um registro pelo crime de estupro contra o suspeito, ocorrido em Dourados no ano de 2013. A delegada Gabriela Vanoni, responsável pelas investigações, pediu a prisão do suspeito, que foi concedida pelo Poder Judiciário.
Conforme a delegada, os abusos denunciados pela adolescente aconteciam há pelo menos dois meses, mas se intensificaram em 26 agosto, dia em que ela saiu correndo do consultório e relatou o crime à família.
A polícia pontuou que muitas vítimas acabam se sentindo envergonhadas para exporem esse tipo de crime. “Aproveito a oportunidade para informar que, nesses casos, a palavra da vítima tem especial relevância e que a Polícia Civil está presente para acolher essas mulheres. Acredita-se que com a prisão dele, outras vítimas aparecerão para relatar os abusos”, afirmou a delegada.
Tentou despir paciente
A jovem de 22 anos foi vítima do psicólogo em 2013, quando fazia tratamento com ele logo após uma separação. Ela contou na época que, na terceira sessão de hipnose, o psicólogo começou a passar as mãos em suas coxas, na sua barriga e ainda tentou abraçá-la.
O psicólogo ainda dizia que a jovem devia se apaixonar por ele, por pessoas mais velhas que a compreenderiam. No fim da sessão, ele pediu um beijo na boca da paciente. Já na quarta sessão, a vítima relatou que o profissional teria alertado ela que a sessão seria mais profunda que as outras.
Ele a mandou deitar no sofá e começou a hipnotizá-la, mas a paciente tentou ficar consciente. O psicólogo nesse momento tentou tirar a suas calças, dizendo que ela deveria ficar excitada, mostrando que estava gostando para ele.
Assustada, a paciente se levantou mandando que ele abrisse a porta, mas o profissional falava que ela tinha entendido tudo errado. Quando ela conseguiu sair do consultório, a sua irmã que a esperava na recepção viu seu espanto.
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