Preso em ação da PF já foi acusado de comandar sequestro e roubo de dentro da Máxima
Ele foi detido na casa em que mora em Campo Grande
Renata Portela –
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O homem de 40 anos, preso preventivamente pela Polícia Federal na Operação Tarja Preta, no início da manhã desta quinta-feira (24), já tem passagens por roubo, furto e tráfico de drogas. Ele foi acusado de comandar, de dentro do Presídio de Segurança Máxima, o sequestro e roubo a um casal, em cidade no interior do Estado.
Conforme apurado pelo Midiamax, na época dos fatos foi denunciado que o homem estava preso na Máxima, de onde teria arquitetado o crime e reunido a quadrilha. Tudo era feito por meio de ligações telefônicas. Assim, os acusados foram até a cidade no interior, onde cometeram o roubo.
A vítima foi induzida a mostrar uma casa, que estava à venda, para os criminosos. Quando chegou ao local, foi rendida e colocada no próprio carro, sequestrada e levada para casa, onde estava o marido. Mediante ameaças com armas de fogo, o casal foi assaltado. Os bandidos exigiam que o homem abrisse o cofre na residência.
Em determinado momento, foi ordenado que eles ameaçassem cortar partes do corpo da esposa do morador, quando ele acabou abrindo o cofre. Foram levados aproximadamente R$ 480 mil em espécie, além de veículo, joias e pertences das vítimas. A quadrilha acabou presa e denunciada pelo MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul).
No entanto, no decorrer do processo o acusado não foi encontrado, não podendo ser interrogado. Assim, ele acabou absolvido. Além do roubo, ele tem passagens por outros crimes, como tráfico de drogas, pelo qual ele foi condenado.
Operação Tarja Preta
Polícia Federal realizou a Operação Tarja Preta, contra a facção criminosa BDM (Bonde do Maluco), e cumpriu mandados em Mato Grosso do Sul. Em Campo Grande, o acusado de 40 anos foi preso com o irmão, de 29 anos, no Santo Amaro.
Alvo de mandado de prisão preventiva, o acusado de 40 anos foi detido em casa. No local foram apreendidas 5 armas de fogo, revólveres calibre 32, 38 e 22. O irmão, de 29 anos, também acabou detido em flagrante pela posse ilegal de arma de fogo, mas foi liberado após pagar fiança de R$ 1.220.
Na casa ainda foram apreendidos R$ 49.250, que não teve procedência comprovada. O acusado alegou que as armas encontradas eram de um tio, que morreu recentemente em decorrência de um câncer. Ele fica preso preventivamente e foi encaminhado ao presídio.
Já o irmão mais novo disse que não sabia das armas de fogo. Ele também relatou que não mora no local e tinha apenas passado a noite, já que vive em um assentamento. A operação foi deflagrada pela Polícia Federal da Bahia, onde foi fundada a facção criminosa BDM.
Em Mato Grosso do Sul, a ação contou com apoio do Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais). Ao todo foram cumpridos 35 mandados de prisão, além de 46 mandados de busca e apreensão em casas e presídios na Bahia, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Goiás, Paraná e Santa Catarina.
Também foram determinados pela Justiça a apreensão e sequestro de bens móveis e imóveis de integrantes da facção, além do bloqueio de 40 contas bancárias. As investigações, iniciadas em maio de 2020, revelaram o organograma da facção e as funções desempenhadas por cada um dos membros.
Foi identificado que grande parte das ordens dos crimes saíam de dentro dos presídios para que os graves crimes fossem cometidos. Os dois principais líderes da facção foram transferidos para Presídio Federal, já que seguiam comandando a facção mesmo presos.
Zé de Lessa
Em 4 de dezembro de 2019, ação policial em Coronel Sapucaia, na região de fronteira com o Paraguai, terminou com a morte de José Francisco Lumes, o Zé de Lessa. Ele é apontado como um dos fundadores da facção criminosa BDM e era procurado pela tentativa de assalto a um carro-forte dois dias antes.
Na época, a SSP-BA (Secretaria de Segurança Pública da Bahia) apontava Zé de Lessa como o bandido mais procurado daquele estado. No ‘Baralho do Crime’ da secretaria, que reúne os principais criminosos, ele era apontado como o ‘Ás de Ouro’.
Zé de Lessa tinha envolvimento com ataques a bancos, assaltos a carros-fortes, sequestros e tráfico de drogas. Ele se escondia no Paraguai e era responsável por repassar droga do Paraguai até a Bahia, para abastecer o BDM. Zé de Lessa começou na vida do crime assaltando instituições financeiras.
Ele também foi apontado como autor do assalto ao carro-forte em 6 de junho de 2017, na região de Amambai.
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