O plano de de servidores públicos federais que seriam moeda de troca para a liberdade de líderes do PCC (Primeiro Comando da Capital), encarcerados em presídios federais do país, foi encontrado no computador da advogada de Três Lagoas, presa durante a deflagração da Anjos da Guarda, na última quarta-feira (10).

A Polícia Federal teria coletado estas informações do computador da advogada. Os agentes sequestrados deveriam ser levados para um cativeiro longe de seu local de origem, e caso, não houvesse negociação, os agentes sequestrados deveriam ser assassinados, segundo a coluna de Josmar Jozino. 

As investigações começaram em dezembro de 2021, quando foram monitoradas conversas de advogados e familiares de detentos na Penitenciária Federal de . Segundo a PF, os presidiários do PCC, defensores e falavam em código para tratar do plano de resgate e mencionavam as siglas “STF”, que se referia à fuga da liderança presa em Brasília, e “STJ”, que se referia à cobrança de andamento da ação.

Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, transferido de Brasília para a capital de Rondônia em março deste ano, era um dos líderes do PCC que seria resgatado. A mulher de Marcola também foi alvo da PF, em seu condomínio em Alphaville, na capital paulista. 

Confira o nome de outros presos alvos do resgate: Reinaldo Teixeira dos Santos, o Funchal, condenado pela morte do juiz Antônio José Machado Dias, em março de 2003, em Presidente Prudente, a mando do PCC; Valdeci Alves dos Santos, o Colorido; Esdras Augusto do Nascimento Júnior; e Edmar dos Santos, o Quirino.

Plano de resgate

Foi descoberto plano de resgate de líderes do PCC, encarcerados nas penitenciárias federais de Brasília e Porto Velho. Conforme a investigação, a facção planejava até sequestrar autoridades dos estados para negociar a soltura de algumas lideranças do crime.

Entre os presos beneficiados com o plano de resgate está Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, que foi transferido de Brasília para a capital de Rondônia em março deste ano. O plano contava com uma rede de comunicação estabelecida entre advogados para transmitir tanto as cobranças dos custodiados quanto os retornos das mensagens dos criminosos envolvidos no resgate.

Os investigados aproveitavam os atendimentos e as visitas em parlatório, usando códigos para a comunicação. Ainda segundo a investigação, quatro advogados ligados ao PCC acabaram presos. Além do provável resgate dos presos, a organização criminosa pretendia sequestrar autoridades para conseguir a soltura.