Personal que matou e enterrou esposa no quintal de casa é condenado a 25 anos de prisão

Personal passou a noite lavando a casa após jogar corpo em fossa no quintal de casa

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(Reprodução)

Foi condenado a 25 anos e 6 meses de prisão o personal Pabilo Santos Trindade por matar a esposa Lais de Jesus Cruz. Na decisão, o Tribunal do Júri determinou que a sentença seja cumprida em regime fechado. O crime aconteceu em agosto de 2021 na cidade de Sonora, a 351 quilômetros de Campo Grande.

A sentença de Pabilo foi proferida na segunda-feira (24). O Conselho de Sentença acolheu a tese sustentada pelo Promotor de Justiça Thiago Barile Galvão de França e reconheceu as qualificadoras do motivo fútil, asfixia e do feminicídio. 

Os jurados ainda reconheceram os delitos de fraude processual e ocultação de cadáver. Na sentença, a juíza de direito, Larissa Luiz Ribeiro, fixou a pena em 25 anos e 6 meses de reclusão e 30 dias-multa, devendo ser cumprida em regime fechado.

Passou a noite lavando a casa após o crime

Cenas macabras de sangue em cima da cama, respingos na parede do quarto, objetos pessoais jogados dentro de uma lixeira: esse foi o cenário encontrado pelos policiais na casa em que o corpo de Lais foi encontrado em agosto de 2021, após ser assassinada pelo marido e personal, Pabilo.

Laís estava desaparecida e o corpo foi encontrado em uma fossa do quintal da casa. Boletins de ocorrência por violência doméstica contra ele já haviam sido registrados em novembro de 2020 e janeiro de 2021.

Inicialmente, Pabilo negou crime, mas diante das evidências acabou confessando na delegacia. A mãe de Laís procurou a polícia desconfiada do sumiço da filha, já que havia registros de boletins de ocorrência de violência doméstica contra o marido. Quando os policiais chegaram, encontraram sinais de sangue na cama do casal, como também respingos na parede.

O cenário macabro ainda iria revelar que objetos pessoais de Laís como batom, bijuterias e sandálias estavam jogados em uma lixeira. Sangue também foi encontrado em um pano e em cópias de currículo. O cheiro forte de água sanitária denunciava que a casa havia passado por um processo pesado de limpeza, levantando mais suspeitas para Pabilo. Laís foi assassinada com golpes na cabeça.

Testemunhas contaram na época terem ouvido durante toda a noite, o homem limpando a residência, já que o barulho de água era constante. O buraco e o corpo foram encontrados, Pabilo disse ter contratado uma pessoa para furar uma fossa. O contratado prestou depoimento e disse que não sabia de crime nenhum, que só furou a fossa, que tinha dois metros de profundidade.

O celular de Laís foi encontrado em uma caixa na lavanderia quebrado. Pabilo usou o telefone da vítima para mandar mensagens na tentativa de despistar a polícia. “Tchau Sonora. Aqui não volto nunca mais. Vou ficar off das redes sociais por um tempo”, foi escrito. Fios de cabelo da vítima também foram encontrados em um par de luvas, que o autor disse ser usado por Laís.