Para abastecer farmácia clandestina, casal simulava consultas com médicos para ‘comprar’ receitas

Os valores eram repassados aos médicos em dinheiro ou pelo plano de saúde

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Medicamentos foram apreendidos – Divulgação/PCMS

A Polícia Civil segue investigando médicos que estariam agindo junto com um casal, responsável pela venda irregular de medicamentos em uma farmácia clandestina em Campo Grande, no Coophatrabalho. O casal de 47 e 55 anos foi preso na segunda-feira (5).

Conforme o delegado Bruno Santacatharina, da Denar (Delegacia Especializada de Repressão ao Narcotráfico), o homem já teria trabalhado em empresas de planos de saúde. Enquanto isso a esposa atualmente trabalha em farmácia de Campo Grande. É apurado se havia também desvio de medicamentos pela funcionária.

casal foi preso em farmácia clandestina
Delegado Bruno – Foto: Fábio Oruê/Midaimax

No entanto, a investigação apurou que o casal usava de contatos com médicos para conseguirem receitas e comprarem os medicamentos de venda restrita, ‘tarja preta’. Os remédios eram depois revendidos sem necessidade de prescrição médica.

Para ‘comprarem’ as receitas com os médicos, os suspeitos pagavam em dinheiro ou então pelo plano de saúde, simulando uma consulta. O Midiamax apurou que ao menos três médicos foram identificados e agora são investigados.

Os médicos atuam em áreas diversas, urologia, ginecologia e psiquiatria. Eles podem responder criminalmente e também perder o registro profissional pela conduta. Na farmácia clandestina, ao menos 300 medicamentos foram apreendidos, entre eles diazepam, clonazepam, lorazepam e alprazolam, que são ansiolíticos de venda controlada.

A suspeita é de que o casal agia desde janeiro na farmácia clandestina.

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