Polícia encontra bolsa com notas de precatórios junto ao corpo de homem executado e atropelado

Não há suspeita de irregularidades na empresa em que as notas estão cadastradas, no nome da esposa de Anderson

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Bolsa foi recolhida no local do crime (Foto: Henrique Arakaki – Jornal Midiamax)

Uma bolsa com notas de precatórios foi recolhida pela perícia e estava com Anderson Delgado dos Santos Martim, de 27 anos, antes dele ser morto a tiros e atropelado, na manhã dessa quarta-feira (30), no Bairro Novos Estados, em Campo Grande. O veículo utilizado pelos atiradores foi encontrado totalmente queimado em uma estrada cabriteira no Bairro Portal Caiobá, horas após o crime.

Segundo informações da Polícia Civil, obtidas pelo Jornal Midiamax, as notas estão cadastradas em uma empresa, no nome da esposa de Anderson. Os policiais não encontraram qualquer irregularidade nos documentos, e não há características de agiotagem.

O veículo utilizado no crime e encontrado horas depois queimado no Portal Caiobá foi identificado por meio do chassi. Os policiais ainda confirmaram que o carro tem registro de furto ou roubo no estado do Paraná.

Testemunhas serão ouvidas e a equipe de investigação da 3ª Delegacia de Polícia irá analisar as imagens de câmeras de segurança para identificar os autores. Um deles utilizava uma balaclava para tampar o rosto, e chegou a descer do carro para correr atrás de Anderson.

Morto e atropelado

Segundo a polícia, Anderson tinha 12 perfurações pelo corpo, mas ainda não se sabe se são tiros de entrada e saída. Nas imagens de câmeras de segurança, é possível ver o momento em que a vítima é seguida pelo atirador. O suspeito está com a arma em punho e faz os disparos.

Inicialmente, o Toyota Etios teria seguido Anderson, que estava em uma moto. Em determinado momento, conforme outra filmagem obtida pelo Midiamax, a vítima desce da moto e corre. Então, o passageiro do Etios também desce do carro e persegue a vítima.

Carro incendiado foi levado para o pátio da 3ª DP. (Foto: Henrique Arakaki – Jornal Midiamax)

Perseguição, assassinato e atropelamento

Anderson, que estava em uma motocicleta, faz a rotatória da Rua Igaripé e os atiradores fazem a volta e esperam pela vítima. Após Anderson fazer a manobra, o trio que estava no carro passa a atirar.

Assim, Anderson tenta correr atravessando um campinho, mas é perseguido. Após os disparos, os suspeitos ainda teriam passado com o carro por cima da vítima.

Autor de assassinato

Anderson tinha passagem por homicídio em 2016 quando matou a tiros Wellington Luiz de Jesus Reynaldo Felipe, de 20 anos.

Wellington foi assassinado na saída de uma casa de shows, localizada na Rua da Divisão, no Jardim Parati. De acordo com a denúncia do MPMS (Ministério Público Estadual), o homicídio cometido por Anderson era por rixa antiga.

Ainda segundo a denúncia, o crime ocorreu porque Wellington se negava a trabalhar com Anderson e seu comparsa, na venda de drogas. Na época, uma testemunha contou que Wellington foi morto 15 minutos após chegar ao local.

“Chegaram dois rapazes de moto, renderam o segurança e foram em direção a ele”, conta. A vítima estava sentada de costas para os suspeitos e foi atingida por aproximadamente 9 tiros.

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