No primeiro júri de 2022, pedreiro ‘serial killer’ de Campo Grande é condenado a 15 anos

Ele responde por 7 homicídios

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Cleber foi condenado a 15 anos
Cleber foi condenado a 15 anos

Foi condenado a 15 anos de reclusão, em regime fechado, o pedreiro Cleber de Souza Carvalho, de 43 anos, pela morte de Roberto Geraldo Clariano, 48 anos. O réu foi a júri popular nesta terça-feira (1º), por um dos 7 homicídios que confessou.

Conforme sentença do juiz Carlos Alberto Garcete de Almeida, da 1ª Vara do Tribunal do Júri, o Conselho de Sentença decidiu por condenar Cleber pelos crimes de homicídio qualificado por motivo fútil e recurso que dificultou a defesa da vítima, além de ocultação de cadáver. Ao todo, ele cumprirá 15 anos de prisão.

O magistrado determinou pena-base de 12 anos pelo homicídio, mais três anos pela segunda qualificadora, totalizando os 15 anos. No entanto, houve redução de um ano da pena pela confissão do crime e também por revelar a localização do cadáver da vítima. Ao todo, foram 14 anos de prisão pelo homicídio e mais 1, pela ocultação de cadáver.

Homicídio

Roberto foi assassinado em 2018, quando Cleber o contratou para um serviço no terreno na Avenida José Roberto Barbosa, no Recanto dos Pássaros. Os dois teriam discutido e, com uma pancada na cabeça usando o cabo de uma picareta, Roberto foi assassinado. A defesa tentou alegar legítima defesa, que não foi acatado pelos jurados.

Na época do desaparecimento, a namorada registrou um boletim de ocorrência. Ele disse que faria um frete. O Gol da vítima foi localizado na frente da UPA (Unidade de Pronto Atendimento) da Vila Almeida. O vizinho conta que o homem trabalhava como vendedor e com serviços gerais e costumava deixar as chaves da casa com ele para visitar os irmãos em Goiás.

Vítimas do pedreiro

José Jesus de Souza, de 44 anos, conhecido como Baiano, desaparecido desde fevereiro de 2020, teve o corpo encontrado no dia 15 de maio, durante a madrugada. Algumas horas depois, quem também teve o corpo encontrado após escavações foi Roberto Geraldo Clariano, de 48 anos, desaparecido desde junho de 2018, morto durante uma discussão no Recanto dos Pássaros.

Roberto teria sido contratado por Cleber para fazer um trabalho braçal, e durante uma briga foi morto com golpe do cabo de uma picareta na cabeça. Ele foi enterrado em um terreno no Recanto dos Pássaros.

No início da tarde do mesmo dia, o idoso Hélio Taira, de 73 anos, que estava desaparecido desde novembro de 2016, também foi localizado. Cleber fazia reforma em residência na Vila Planalto e, na ocasião, Hélio foi contratado para prestar um serviço de jardinagem, oportunidade em que se desentenderam.

O pedreiro matou a vítima com pauladas, cavou buraco, enterrou o corpo e depois concretou o local, colocando piso. Por este motivo, o corpo não tinha sido encontrado até então.

Já Flávio Pereira Cece, de 34 anos, desaparecido desde 2015, era dono do imóvel onde foi encontrado enterrado no bairro Alto Sumaré, região da Vila Planalto. Ele era primo do serial killer Cleber, que, segundo a polícia, matou o primo a pauladas o enterrou e vendeu a residência por R$ 50 mil com o corpo de Flávio enterrado.

Na noite do dia 15, foi encontrado o corpo de Claudionor Longo Xavier, de 48 anos, que saiu de casa no dia 16 de abril, foi assassinado e teve a moto XTZ Crosser vendida pelo autor. O veículo foi localizado em residência na Rua Juventus, com outro primo de Cleber.

Na manhã do dia 16 de maio, Timotio Pontes Roman, de 62 anos, foi encontrado morto em um poço dentro de residência na Rua Urano, no bairro Vila Planalto. A primeira das vítimas a ser descoberta foi José Leonel, 61, que havia sido encontrado no dia 7 de maio, enterrado em um quintal na Vila Nasser.

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