‘Nada vai trazer ela de volta’, lamenta mãe de Maxelline, morta a tiros por ex-guarda em Campo Grande

Maxelline foi assassinada a tiros em um churrasco na casa de amigos, em 2020

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(Foto: Henrique Arakaki/Jornal Midiamax)

Esperando por Justiça é que Marisa Rodrigues da Silva, de 52 anos, participa do julgamento do ex-guarda municipal, Valtenir Pereira da Silva, acusado de matar a tiros Maxelline da Silva dos Santos, em 2020. “Nada vai trazer ela de volta”, disse Marisa ao Jornal Midiamax.

A mãe de Maxelline contou que a filha era muito cuidadosa e nunca se envolveria com uma pessoa com histórico de violência. Segundo ela, Maxelline chegou a dizer que não se preocupava porque Valtenir era guarda e teria ficha limpa. Mas, durante o relacionamento, passou a sofrer algumas agressões por parte do autor como empurrões e gritos. 

“Foi desesperador saber da morte dela”, disse Marisa. A mãe ainda ressaltou que na frente da família, em almoços, Valtenir não apresentava ser violento. Quando Maxelline terminou o relacionamento, ela passou a andar de ônibus com medo de que se estivesse em seu carro pudesse sofrer um acidente provocado por Valtenir. Ela chegou a dizer para a mãe se cuidar após o fim de seu relacionamento.

Marisa espera pena máxima para o assassino da filha. “Nossas mulheres estão indo por mão de covardes como ele”, disse a mulher, que ainda falou que Maxelline era tudo para a família. 

Maxelline foi assassinada a tiros no dia 29 de fevereiro de 2020. Ela estava na casa de amigos em um churrasco. Além de Maxelline, Steferson também acabou morto por Valtenir.

Mãe de Maxelline no julgamento

O assassinato

Valtenir chegou a casa dos amigos de Maxelline, e os dois começaram a conversar do lado de fora. A princípio, as investigações apontaram que ele não aceitava o término do relacionamento e tentava reatar.

Além disso, a vítima teria tentado dar outras chances a Valtenir, mas por conta de agressões solicitou medida protetiva contra ele. Mesmo assim, naquela noite os dois acabaram discutindo, quando Valtenir tentou tirar a vítima do local. Neste momento, a amiga de Maxelline tentou ajudá-la.

Conforme aponta a denúncia do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), Maxelline entrou na frente para proteger a amiga, que correu para dentro da casa. Mesmo assim Valtenir atirou, atingindo a amiga da ex-namorada nas costas. Em seguida Steferson saiu para ver o que estava acontecendo e também foi atingido por um tiro no tórax.

Maxelline foi atingida em seguida por um tiro na cabeça. Ela e o amigo morreram no local, já a terceira vítima foi socorrida e se recuperou do ferimento. Valtenir fugiu naquele dia e permaneceu escondido. Equipes policiais fizeram ações, inclusive com helicóptero na tentativa de localizar o acusado, que acabou preso dias depois.

O MPMS ofereceu denúncia por homicídio qualificado por motivo torpe, também pela violência doméstica, caracterizando feminicídio. Além do homicídio contra Steferson, também qualificado por motivo torpe. Ainda recurso que dificultou a defesa da vítima, descumprimento de medida protetiva e tentativa de homicídio.

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