MPMS denuncia ex-assessor de vereador que guardou cocaína em casa em Campo Grande

Robson teria oferecido ‘cuidar’ da família do comparsa para se livrar da prisão

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O MPMS (Ministério Público Estadual) denunciou nessa terça-feira (25), o ex-assessor de vereador Robson José Ximenes por armazenar em sua casa 41 quilos de cocaína, no bairro São Conrado, em Campo Grande. Robson foi preso no dia 4 deste mês.

Robson foi denunciado pelo artigo 33 da Lei 11.343/2006, que define os crimes relacionados à prática do tráfico ilícito de drogas, prevê que dentre as diversas condutas que caracterizam o crime de tráfico está o ato de entregar a consumo ou fornecer drogas, mesmo que seja de graça.

A prisão aconteceu por volta das 23 horas do dia 4 de janeiro, quando os policiais faziam rondas pela região e flagraram um dos autores, de 32 anos, saindo de uma casa em um veículo Prisma em alta velocidade. Foi dada ordem de parada e nada no carro foi encontrado.

Já na casa de onde o veículo saiu, os militares encontraram duas caixas com 41 quilos de cocaína. O homem que estava na residência, de 31 anos, contou que emprestava a casa para o amigo que tinha livre acesso ao local, e que não sabia o que tinha nas caixas. O preso que estava dirigindo o carro ainda contou que na terça (4), o presidente do bairro teria ligado para ele pedindo que fosse buscar na região do Santa Luzia caixas com doações, que foram deixadas na casa. 

O autor contou que trabalhava para o dono da residência, que seria presidente do bairro e também assessor de um vereador da Capital e teria oferecido cargos comissionados para o comparsa assumir a droga apreendida.

Depoimento

José Torres Júnior, comparsa de Robson, disse em depoimento que, quando ele e Robson estavam na viatura da Polícia Militar sendo levados para a delegacia, o assessor do vereador teria pedido para que assumisse a propriedade da cocaína apreendida em duas caixas de papelão, já que arrumaria um cargo comissionado para a esposa de José. 

Robson ainda teria prometido ‘cuidar’ das filhas do comparsa, caso ele assumisse os 41 quilos da cocaína. O funcionário da Funesp ainda contou que, na delegacia, o advogado de Robson sugeriu que ele ajudasse o assessor do vereador, dando a entender que assumisse a droga apreendida pela polícia.  

Ainda durante o seu depoimento, José contou que já tem passagens pela polícia, sendo que atualmente cumpre pena em regime domiciliar por uma condenação de roubo. Ele relatou que presta serviços para Robson há aproximadamente três anos.

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