Cinco policiais penais foram presos por garantirem regalias aos detentos, sendo enquadrados em ao menos 19 crimes.

Conforme a delegada Ana Cláudia Medina, as 10 testemunhas ouvidas são servidores lotados no presídio. As prisões temporárias dos policiais penais, alvos da Operação La Catedral, foram prorrogadas por mais 5 dias. Permanecem presos Carlos Eduardo Lhopi Jardim, ex-diretor da unidade prisional, João Xavier Martins Neto, Justo Aquino Navarro, Luiz Carlos Soto e Maicom Thomaz Corrêa de Alencar.

Conforme a polícia, as investigações do Dracco identificaram a existência da organização criminosa integrada pelos policiais penais, envolvidos em concussão, corrupção passiva, favorecimento para entrada de celulares no presídio, entre outras infrações. As provas colhidas resultaram na apreensão de bebidas alcoólicas dentro do presídio, celulares, drogas e dinheiro.

Além disso, a fuga de dois presos também é investigada, sob suspeita de participação dos agentes, mediante recebimento de propina. A polícia identificou a facilitação na entrada de celulares, bebidas, carne, drogas, além de uso para fins particulares de serviços prestados no presídio pelos internos.

Também foram encontradas celas especiais com móveis planejados, chuveiro elétrico, alimentação diferenciada, entre outras regalias que não passavam por vistoria. O nome da operação, La Catedral, faz referência à penitenciária ‘construída’ na Colômbia por Pablo Escobar, para que cumprisse pena com luxos e regalias.