Homem que seria ligado a Fernandinho Beira-Mar está entre alvos de operação do Gaeco

Ele já foi considerado pessoa de confiança do traficante e condenado pelo crime

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Joias apreendidas durante a operação – Divulgação/Gaeco

A Operação Paraíso Marcado, realizada na manhã desta quinta-feira (15), cumpriu mandado na chácara de um homem de 44 anos em Ponta Porã, a 346 quilômetros de Campo Grande. Ele já foi preso e condenado e teria ligação com Fernandinho Beira-Mar.

Conforme arquivos do Midiamax, o suspeito foi apontado, junto com o irmão, de ser dono de um carregamento de 337 quilos de cocaína apreendido em uma aeronave que caiu em uma fazenda, em 29 de junho de 2000.

Os irmãos foram flagrados com caminhonetes, que usariam para retirada da droga. Já em 2002, quando estavam presos na Máxima em Campo Grande, os irmãos teriam armado um plano para fuga. Então, foram transferidos.

Na época foi apontada a ligação dos irmãos com Fernandinho Beira-Mar, como homens de confiança do traficante e liderança de facção criminosa.

Nesta quinta-feira, Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) cumpriu mandado de busca e apreensão na chácara do acusado. Ele não estava no local, que era cuidado por uma familiar.

Na chácara foram encontradas uma espingarda, munições e carregadores de pistola em um alçapão, escondido embaixo de um tapete, embaixo da cama. Também foram apreendidos luneta para magnificação de alvo, usada em fuzis e rádio analógico.

Policiais militares foram presos na operação

Ao menos três policiais militares, lotados em Ponta Porã, também foram alvos da operação. Um deles, um cabo da PMMS (Polícia Militar de Mato Grosso do Sul), foi detido em flagrante.

Na casa do militar, as equipes encontraram um tablete de maconha e 25 munições. Esse material foi apreendido e o policial preso em flagrante durante o cumprimento do mandado de busca e apreensão.

Ainda outros dois policiais também teriam sido presos na região de fronteira. Eles são acusados de integrarem a organização criminosa especializada no tráfico de drogas e venda ilegal de armas.

Preso com 63 armas de fogo

Armas foram apreendidas na casa do suspeito – Divulgação/Gaeco

Homem de 59 anos foi detido em flagrante em casa, em Bonito, a 300 quilômetros de Campo Grande, com 63 armas de fogo na residência.

Conforme as informações da polícia, equipes do Batalhão de Choque e cumpriram mandado de busca e apreensão na casa do suspeito. No local, foram encontradas as armas.

Ainda de acordo com a polícia, o armamento estava em um cômodo nos fundos da residência. Ao todo, foram encontradas 46 armas longas e 17 armas curtas. Assim, o homem alegou que tem uma oficina de armas e que trabalha como armeiro.

Além das armas, também foram apreendidas peças. Também foram encontradas e apreendidas várias munições de diversos calibres. O suspeito alegou que as armas eram de clientes, mas não soube identificar os proprietários.

No quarto os policiais ainda encontraram R$ 9.460 em espécie, em um cofre, e um revólver no armário. O suspeito acabou detido em flagrante pela posse irregular das armas de fogo.

Operação Paraíso Marcado

A Operação Paraíso Marcado prendeu até o momento 8 pessoas em flagrante. Conforme o Gaeco, ao todo são 52 mandados, de busca e apreensão e prisão temporária.

Ainda conforme o Gaeco, o objetivo da operação é desmantelar organização criminosa estabelecida há vários anos em Bonito e na região. O grupo é especializado no tráfico de drogas, comércio ilegal de armas de fogo e lavagem de dinheiro.

Além disso, a ação contou com apoio da Corregedoria da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul, também DOF (Departamento de Operações de Fronteira), Batalhão de Choque e Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais).

Com isso, foram cumpridos mandados em Dourados, Bonito, Jardim, Guia Lopes da Laguna, Campo Grande, Porto Murtinho e Bonito. Com os presos foram apreendidos maconha, pasta base de cocaína, joias e dinheiro em espécie.

O nome da operação se refere ao local escolhido pelo líder da organização criminosa para moradia e também como base para estruturação das atividades criminosas, a cidade de Bonito.

O Gaeco ainda apurou que o criminoso tem por costume marcar as propriedades e bens com as iniciais do nome.

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