Há 26 anos trabalhando no mesmo prédio, porteiro lembra que tentou salvar morador de incêndio

Ele relatou ainda que já presenciou três incêndios no edifício

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Prédio onde ocorreu o incêndio
Prédio onde ocorreu o incêndio

Porteiro há 26 anos no prédio localizado na rua 15 de Novembro, entre a rua 14 de Julho e avenida Calógeras, funcionário já presenciou três incêndios no local. No último, no dia 9 de março, ainda tentou por três vezes salvar o morador de 73 anos, que estava em meio às chamas.

O funcionário, de 57 anos, relatou ao Jornal Midiamax que em todos os anos de serviço já presenciou três incêndios no local. Ele contou que na última quarta-feira, quando percebeu o incêndio no apartamento localizado no 6º andar, foi tentar resgatar o morador de 73 anos.

Na primeira tentativa, não conseguiu entrar por causa da fumaça preta e densa que saía do local, dificultando a respiração e causando ardência nos olhos. Na segunda, ele colocou a camiseta no rosto pegou uma lanterna, mas mesmo assim não conseguiu entrar no apartamento.

Já na terceira tentativa, o filho do morador também tentou entrar no apartamento. Eles não conseguiram e desceram para aguardar o Corpo de Bombeiros. O morador foi resgatado pelos militares, encaminhado para a Santa Casa, onde permanece internado em estado grave.

Ainda conforme o funcionário, todo o prédio já foi liberado e está em funcionamento normal. Apenas o apartamento onde ocorreu o incêndio está interditado, para passar por Perícia. O prédio de 14 andares tem ao todo 84 apartamentos.

O síndico também é morador no 6º andar. No dia do incêndio, a fumaça que era vista saindo pelas janelas do prédio eram do apartamento do síndico, que justamente abriu as janelas para que a fumaça saísse, já que tinha tomado conta do andar. A fumaça acabou também se espalhando pelo edifício, já que a porta corta-chamas foi deixada aberta pelos moradores.

Inicialmente, a suspeita era de que o incêndio teria começado no ar-condicionado do apartamento. No entanto, o morador tinha apenas um aparelho de ar portátil, que estava ‘intacto’ após o incêndio. Todo entulho ficou acumulado na sala e não se espalhou pelos quartos, indicando onde teria começado o fogo. O caso ainda é apurado.

(Foto: Leonardo de França, Midiamax)

O incêndio

Na tarde daquela quarta-feira, o apartamento foi atingido por um incêndio. Testemunhas perceberam a fumaça no local e foram até o quartel dos bombeiros, na Rua 14 de Julho, pedindo socorro após perceberem o incêndio.

O idoso de 73 anos, morador no apartamento, estava dormindo no momento do incêndio. A autoescada Magirus foi acionada para resgatar os moradores que não conseguiram deixar os apartamentos. No 14º andar, duas mulheres precisaram do resgate, sendo que uma estaria em estado grave.

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