Decisão da 5ª Vara Federal de negou pela segunda vez a liberdade a um caminhoneiro de 37 anos, flagrado com cocaína avaliada em R$ 22 milhões na , na região da Capital. A carga pesou 124 kg e foi apreendida em 25 de março.

O pedido de liberdade provisória, conforme publicado nesta quarta-feira (20) no Diário de Justiça Federal, balizou-se em questões como os bons antecedentes do acusado, que seria primário, profissão lícita, família constituída e que não representaria risco à sociedade, bem como não integrar organização criminosa.

O MPF (Ministério Público Federal), por sua vez, foi contra a liberdade condicional, apontando que pedido semelhante já havia sido negado pela 5ª Vara Federal e não terem sido incluídos fatos novos que justificassem a revogação da preventiva.

Além disso, a Procuradoria lembrou que o acusado transportava 124 kg de , carga avaliada em R$ 22 milhões, havendo ainda indícios de que o suspeito integrava organização criminosa — “o que atesta a gravidade da conduta e risco à ordem pública”.

A interpretação do MPF foi seguida pelo juiz responsável, que não viu mudança na situação do pedido de liberdade anterior e nem a inclusão de novos fatos.

“Ademais, como aduziu o Ministério Público Federal, a expressiva quantidade de droga apreendida aliado ao seu alto valor de mercado, permite presumir tratar-se de delito de acentuada gravidade, representando, por si só, perigo concreto à ordem pública, dado o seu alto grau de prejudicialidade à saúde pública”, destacou, frisando ainda que a quantidade de cocaína leva a crer que se trata de tráfico em larga escala, promovido por facção criminosa.

Flagrado com cocaína revelou à polícia ser usuário

Conforme os autos, o acusado, morador de Arujá (SP), conduzia carreta Scania T113 com placas de e dois semirreboques de Campo Grande rumo a na MS-040. Ele teria partido de Corumbá.

Abordado pela equipe policial, apontou-se que ele apresentava confusão na identificação da viagem e dos fatos, não havendo ainda documentação sobre a carga — garrafas recicláveis que seriam entregues no interior de São Paulo.

O motorista revelou, ainda conforme depoimento policial, ser usuário de entorpecente. Em revista feita por cães farejadores, foram encontrados 123,94 kg de cocaína, distribuídos em 122 tabletes, avaliados em R$ 22,3 milhões.