Filhos e genro que mataram idoso esfaqueado por dinheiro vão continuar presos

Os três deram golpes de faca no idoso que foi deixado morto em uma pedreira

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Alonso foi assassinado – Foto: Sidney Lemos

Foi decretada prisão preventiva de dois filhos, um homem de 22 anos e uma mulher de 25, e do genro, de 19 anos, de Alonso Cabreira, de 89 anos. O idoso foi encontrado morto na quarta-feira (30), na Aldeia Bororó em Dourados, a 225 quilômetros de Campo Grande.

A decisão é do juiz Luiz Alberto de Moura Filho, da 1ª Vara Criminal de Dourados. Ele decidiu pela prisão preventiva dos acusados, que respondem por latrocínio.

Os dois filhos e o genro confessaram participação na morte de Alonso. Eles teriam passado o fim de semana bebendo com a vítima e pediram mais dinheiro.

Porém, diante da negativa, começaram a agredir Alonso. Depois ainda esfaquearam o idoso, que teve o corpo deixado na pedreira da aldeia.

O local é o mesmo onde a menina Raíssa Cabreira, caçula de Alonso, foi jogada depois de ter sido estuprada coletivamente.

“Três pessoas, entre elas um filho e uma filha, serão indiciadas por latrocínio e também por ocultação de cadáver”, explicou o delegado Erasmo Cubas, do SIG (Setor de Investigações Gerais).

Também segundo ele, os acusados dividiram o dinheiro da aposentadoria de Alonso após o crime. Assim, cada um ficou com aproximadamente R$ 800.

Ainda segundo o titular do SIG de Dourados, o crime foi cometido com a mesma faca.

Pai de Raíssa que também foi morta na pedreira

Alonso é pai de Raíssa da Silva Cabreira, de 11 anos, que foi estuprada e assassinada brutalmente na mesma pedreira. O tio da menina foi preso na época e encontrado morto no Presídio Estadual de Dourados dias depois.

A menina não morava com a mãe e o tio estava dormindo, bêbado, quando ela foi arrastada por adolescentes, também apreendidos, por volta das 22 horas do dia 8 de agosto de 2021.

Até o horário que indígenas da Aldeia Bororó encontraram o corpo dela, caído de um paredão de 20 metros, passaram-se cerca de 8 horas.

Ainda conforme a Polícia Civil, o tio foi procurar Raíssa porque ela não estava em casa. Dois dos três adolescentes apreendidos levaram a menina de casa, à força.

“Ao que se sabe ela estava gritando e pedindo ajuda. O tio chegou ao local quando tudo já estava ocorrendo”, afirmou o delegado Erasmo Cubas, do SIG (Setor de Investigações Gerais) de Dourados.

Além do tio e dos adolescentes, Leandro Pinosa, de 20 anos, foi preso. O tio, que já abusava da menina desde os 5 anos dela, flagrou o momento em que os quatro acusados do crime estupravam a menina.

Ele acabou participando da sessão de estupro contra a sobrinha que havia sido arrastada para o local pelos autores, que planejaram o crime de estupro.

Ainda de acordo com o delegado, os acusados embebedaram a criança para continuar a cometer os abusos. Quando ela recobrou a consciência e tentou se desvencilhar dos autores, foi arrastada para a beirada da pedreira.

A menina teve os braços quebrados quando tentava se defender e foi jogada viva de uma altura de 20 metros. Três adolescentes, o jovem e o tio da criança foram detidos e levados para a delegacia.

Quando o tio foi questionado sobre os motivos que o levaram a cometer o crime, ele disse que estava bêbado. O laudo do exame feito na vítima constatou o estupro. Ela tinha lacerações nos órgãos genitais.

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