Família teve desentendimento na véspera de pai ser morto a tiros por padrasto da filha

Boletim de ocorrência da morte de Agnaldo César de Souza, de 37 anos, assassinado a tiros na tarde dessa segunda-feira (10), no Bairro Alves Pereira, em Campo Grande, confirma que a tragédia teria relação com discussão sobre “guarda” da filha em um fim de semana.

As informações policiais descrevem que a discussão teria ocorrido porque a mãe da adolescente não deixou que ela saísse com o pai na véspera do fato, porque a família teria um evento para ir, no mesmo dia.

O registro também confirma que a perícia encontrou 10 perfurações no corpo de Agnaldo. Vítima foi atingida na cabeça, costas, nuca, braço, perna e barriga. O autor, padrasto, segue foragido.

A filha informou à polícia que Agnaldo “era um excelente pai e que não tinha o que reclamar dele”. Testemunhas ainda relataram que os dois eram calmos, que não costumavam brigar e que eram bastante educados. A família não sabia que o padrasto da adolescente possuía uma arma de fogo.

A adolescente, de 13 anos, presenciou o momento em que o padrasto, de 31 anos, atirou e matou seu pai. À polícia, a menina contou os pais são separados há quatro anos. Disse que Agnaldo é um “excelente pai”. Ela não passou o fim de semana com ele, então o pai teria ido buscá-la hoje, porém a menina não quis ir.

Aos militares, a adolescente contou que o padrasto teria dito a ela “vá para dentro de casa porque eu vou matar o seu pai”. Com medo após visualizar a arma de fogo a menina foi para dentro da residência e ficou na janela vendo tudo. Ela presenciou o momento em que o padrasto apontou a arma e atirou contra o seu pai, segundo ela, visualizou ter disparado quatro vezes.

Assassinato

A vítima teria ido até à residência buscar a filha, quando o padrasto, de 31 anos, saiu e iniciou uma discussão. Em certo momento se apossou de uma arma de fogo e disparou contra o homem.

O corpo de Agnaldo ficou caído na varanda da residência. Após o crime, o autor fugiu em uma motocicleta.

O irmão do autor, chegou a afirmar que a vítima tinha invadido a casa e que vinha ameaçando o autor, mas a versão é negada por outros familiares.