Família de jovem que atirou em delegado e se matou quer saber se ele “instigou” suicídio da namorada

Celular de Priscila não foi desbloqueado e família ainda quer ter acesso às mensagens

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Paulo e Priscila (Foto: Arquivo Pessoal)

A Justiça de São Paulo concluiu que Priscila Delgado Barrios, namorada do delegado e influenciador digital Paulo Francisco Muniz Bilynskyj, realmente se matou após ter atirado nele. O caso aconteceu em 20 de maio de 2020 no apartamento de Bilynsky no ABC Paulista e foi de grande repercussão na época.

O delegado foi atingido por seis tiros, passou por várias cirurgias e teve de amputar um dedo da mão. A motivação da discussão que resultou no crime teria sido ciúmes por parte de Priscila. A informação foi revelada agora porque o processo estava em sigilo

Segundo o advogado da família de Priscila, José Roberto da Rosa, que é de Mato Grosso do Sul, existe ainda uma “ponta solta” na investigação. Isso porque a família quer saber se Paulo teria instigado Priscila a se matar.

A chave para esclarecer esse ponto, segundo José Roberto, seria o celular de Priscila. Acontece que a perícia não conseguiu desbloquear o celular dela para periciar e ver as últimas mensagens. “Ocorre que a família se colocou a disposição para contratar uma empresa especializada para desbloquear esse aparelho e devolver para a perícia. Aí foi o ponto de conflito”.

Paulo da Rosa alega que o celular da então namorada foi presente dele dias antes da morte e que, portanto, pertence a ele. Da Rosa entrou com pedido na justiça, inclusive a família disponibilizou o valor do aparelho, caso esse seja o ponto (valor do produto), no entanto, ele por meio de sua defesa, recusou. O Juiz então disse que a matéria acerca da devolução deveria ser discutida na esfera cível. A defesa da jovem não concordou, pois entendeu que esse celular pode ter sido utilizado para o cometimento de crime e recorreu ao TJSP, onde aguarda julgamento.

“Caso no celular se encontre algo que possa levar a crer que o Paulo tenha de qualquer forma instigado ou auxiliado a Priscila no ato praticado, ele poderá futuramente responder por instigação ao suicídio, crime mais leve que o homicídio porém, ainda assim um crime”, finaliza José Roberto da Rosa

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