particular de educação infantil onde uma professora teria cometido atos de maus-tratos e estupro contra crianças, divulgou nesta sexta-feira (13) nota sobre o caso, na qual garante que oferece suporte aos pais. A reclamação inicial das famílias, no entanto, foi de falta de assistência.

Em nota, a escola afirma que “Vem sendo citada em supostos atos de violência, que teriam sido praticados por uma de suas professoras” e esclarece que a educadora foi afastada imediatamente assim que o colégio tomou conhecimento da formalização da denúncia. Ou seja, assim que o caso chegou à Depca (Delegacia Especializada de à e ao Adolescente).

“A instituição de ensino está colaborando com as investigações, bem como oferecendo todo o suporte necessário aos pais e alunos. A escola reafirma o compromisso de cuidar dos seus alunos, oferecer ensino de excelência e zelar sempre pela segurança de todos”, diz o texto.

Ainda conforme a publicação, a estrutura do colégio é monitorada por câmeras de segurança e o local é de livre acesso aos pais dos alunos. “Por fim, reitera que vem tomando todas as medidas necessárias, e colaborando junto às autoridades policiais para o total esclarecimento dos fatos”.

“Nos chamaram de loucos”.

Uma das mães que entrou em contato com o Jornal Midiamax relatou que os abusos teriam começado em 2021, quando um menino teria sido abusado pela professora. Os pais notaram o comportamento estranho do filho e o levaram até uma psicóloga, que disse que a criança seria vítima de abuso sexual.

Então, os responsáveis procuraram a escola e teriam tido como resposta que a professora era inocente e que trabalhava há anos no local. “Nos chamaram de loucos”, relatou uma das mães. Com novos fatos descobertos no início de maio, as mães que perceberam comportamento diferente nas crianças também procuraram a .

Assim, as denúncias foram formalizadas e ao menos 5 boletins de ocorrência registrados. Foi após a denúncia na delegacia que a escola afastou a professora, agora alvo de investigação. “Só hoje (quinta) consegui me levantar da cama”, disse uma das mães que relatou ter descoberto com os outros pais que sua filha também seria abusada pela professora na escola.

“Estão tentando abafar o caso”, disse a da menina. Ela contou que a filha estava frequentando a escola há sete meses, e que no começo estava tudo normal. Mas, depois de um tempo, a menina começou a não querer ir para a escola. Ainda segundo a mãe, por motivos de saúde da filha, a criança deixou de para a escola por cerca de 1 mês.

Quando retornou, a menina voltou a demonstrar que não queria ir para a escola. Por gestos, a criança teria demonstrado que era abusada pela professora. Conforme uma das mães, as crianças chegaram a serem ouvidas pela psicóloga da escola, que negou qualquer tipo de abuso. Porém, na delegacia, quando ouvidas em depoimento especial, o estupro teria sido confirmado, segundo relato dos pais.

Menina reproduziu em casa atos feitos pela professora

Mãe contou que filha denunciou professora
Mãe relatou o caso na Depca (Foto: Leonardo de , Midiamax)

O expediente vespertino na nesta quinta-feira (12) foi movimentado. Com oitiva de testemunhas, a imprensa “acampou” no prédio, após reportagem do Jornal Midiamax relatar denúncia de casos de maus-tratos e de estupro de vulnerável por parte da professora.

Um dos depoimentos colhidos foi de uma empresária de 42 anos que esteve na Depca acompanhada do marido e da filha de 3 anos. Ela relatou que a filha descreveu situações compatíveis com abuso sexual por parte da professora. Na mesma ocasião, outras mães também relataram abusos e maus-tratos da mulher contra as crianças.

Em relato emocionado, a mulher contou que a filha reproduziu em casa ato libidinoso, que o Midiamax opta por não detalhar, a fim de preservar a vítima. A mãe, então, questionou sobre quem teria feito aquilo com a criança e, inclusive, perguntou se teria sido alguém do convívio, da família.

No entanto, a resposta da criança teria sido que a professora teria repetido os gestos com ela. A menina ainda teria relatado outros tipos de abuso. Abalada, a mãe levou a menina na psicóloga em que ela fazia terapia, de onde recebeu indicação de uma terapeuta infantil. A criança também foi levada na ginecologista.

Teria sido no último domingo (8) — Dia das Mães — que a empresária encontrou uma amiga na escola. A filha estuda com a menina de 3 anos e a mulher comentou sobre o ocorrido, já que no sábado a criança teria novamente reproduzido o ato. A amiga da empresária, então, relatou que o mesmo estava acontecendo com a filha dela.

Em conversa com a criança, a mãe descobriu que a professora estaria praticando os atos no recreio. Já a filha da amiga da empresária teria relatado que a filha já não queria mais tirar as roupas para tomar banho e que sentia incômodo no órgão genital. Até o momento, 5 boletins de ocorrência foram registrados na Depca e o caso está em investigação.

Emocionada, a mãe relatou que foi a primeira a procurar a delegacia. “Não quero fazer mal para ninguém, mas não queria que tivessem feito mal pra minha filha. Queria que fosse mentira, que não fosse verdade, mas está acontecendo na minha família. Não pedi pra que isso acontecesse com a gente”, declarou.

Ela ainda contou que está se sentindo mal. “Parece que a culpa é minha, porque fui a primeira a vir aqui. Não sei o que fazer”, disse sobre a repercussão do caso.

Polícia preserva o caso

Alunos da escola infantil são ouvidos na Depca desde que o grupo de mães denunciou o caso. As vítimas têm idades entre 3 e 4 anos. A delegada titular, Fernanda Mendes, relatou ao Midiamax que as crianças são ouvidas em depoimento especial, com acompanhamento de psicóloga. “É um caso sensível”, pontuou.

Além dos depoimentos das possíveis vítimas, também foram recolhidas imagens das câmeras de segurança da escola particular, dos últimos 15 dias. As filmagens são analisadas e podem ter registrado algum dos fatos denunciados pelo grupo de mães.

Para a equipe de reportagem, a delegada ainda afirmou que não dará outras declarações sobre o caso, que está no início das investigações. Ainda na manhã desta quinta, a diretora do colégio prestou esclarecimentos na delegacia, acompanhada do advogado.

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