Autoridades colombianas e paraguaias fizeram na manhã desta sexta-feira (13) os últimos procedimentos de translado do corpo do promotor Marcelo Pecci, no Aeroporto Internacional Rafael Núñez, em Cartagena, na Colômbia. A chegada dos restos mortais do agente do Ministério Público está prevista para a madrugada deste sábado (14).

Os detalhes do sepultamento ainda não foram divulgados pelos familiares de Marcelo Pecci, que foi assassinado na última terça-feira (10) na península de Barú, na cidade colombiana de Cartagena das Índias. Ele recebeu três disparos por dois supostos assassinos quando estava em lua de mel com sua esposa, Claudia Aguilera, em uma praia particular do hotel Decameron.

Nesta sexta-feira, na parte da tarde, está programada uma marcha convocada pela Associação de Agentes Fiscais do . O ato é uma homenagem ao colega assassinado e também um protesto por melhores condições de trabalho para quem atua contra as organizações criminais e também para que o caso não fique impune.

Segundo informações da Rádio Monumental, a promotora Belinda Bodadilla, vice-presidente da Associação de Promotores, ressaltou que o momento é de luto, mas também de deixar claro para as autoridades do que a morte Marcelo Pecci não fique impune e represente um marco em relação aos procedimentos a serem adotados a partir de agora.

Lista de suspeitos

Entre os nomes investigados pelo promotor Marcelo Pecci, está o brasileiro de origem libanesa, Kassem Mohamad Hijazi. Ele encabeça uma lista de pessoas que podem ter ligação direta com a execução.

Nas diligências feitas na quarta-feira (11), os agentes da Polícia Nacional do Paraguai fizeram vistorias em penitenciárias paraguaias, como Emboscada e Tacumbú. Além de Kassem Mohamad Hijazi, outros dois nomes também constam na lista dos investigadores que acompanham o caso.

O brasileiro está em processo de extradição para os Estados Unidos, onde é procurado por crimes relacionados à lavagem de dinheiro para o financiamento do terrorismo. Ele foi preso em Ciudad del Este e o promotor Pecci teve uma participação ativa nisso, segundo os agentes da Polícia Nacional e também do Ministério Público.

Na Penitenciária Emboscada chegaram à cela do colombiano Marcelo Raymond Díaz Vélez, que foi preso com mais de 400 quilos de cocaína em Presidente Hayes em 2019. A droga veio da Bolívia e o caso também estava a cargo do promotor.

O local de detenção de Waldemar Pereira Rivas, vulgo Cachorrão, foi outro alvo da polícia paraguaia. Ele está preso pelo assassinato do Leo Veras, ocorrido em Pedro Juan Caballero.