Conflito sobre flagrante adia decisão sobre prisão de colombiano que matou Matheus no trânsito

Justiça não aceitou videoconferência feita em Rochedo nesta quarta-feira

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Acidente que vitimou Matheus foi registrado por câmeras de segurança
Acidente que vitimou Matheus foi registrado por câmeras de segurança

O conflito sobre a prisão em flagrante do colombiano Carlos Hugo Naranjo Álvares, de 32 anos, acabou com o adiamento da decisão sobre a audiência de custódia que aconteceria na manhã desta quarta-feira (2). O juiz não aceitou que a custódia fosse realizada por videoconferência.

Como não foi aceita a custódia por videoconferência, Carlos que está preso em Rochedo deverá ser trazido para Campo Grande e passar por custódia até quinta-feira (3). Segundo um dos advogados, Carlos ainda poderá passar pela custódia até o fim da manhã de hoje. A advogada de defesa já havia entrado com um  pedido de revogação de sua prisão na noite de terça-feira (1º).

A decisão de transferência é do juiz plantonista Ricardo Adelino Suaid e leva em consideração o artigo 70 do Código de Processo Penal. “A competência será, de regra, determinada pelo lugar em que se consumar a infração, ou, no caso de tentativa, pelo lugar em que for praticado o último ato de execução”, afirma o documento. Carlos Hugo responde por homicídio doloso e tentativa de homicídio.

O pedido de prisão preventiva de Carlos foi feito pelo delegado de Rochedo, Roberto Duarte, na segunda-feira (28) logo após a sua prisão quando fugiu depois do acidente, que acabou na morte de Matheus Frota, de 27 anos, em Campo Grande. A namorada de Matheus continua internada na Santa Casa, consciente, orientada, estável e sem previsão de alta.

A advogada Valda Nóbrega disse ao Jornal Midiamax que Carlos falou que o sinal estava verde para ele e que acelerou a Mercedes para dar tempo de passar no sinal amarelo, no cruzamento da rua Guia Lopes com a avenida Salgado Filho, na manhã do dia 28 de fevereiro, quando acabou batendo na motocicleta pilotada por Matheus que morreu no local do acidente.

Valda ainda relatou que Carlos disse não se lembrar do que aconteceu, apenas, que bateu em algo. “Ele não tinha noção do mal que causou e está muito arrependido”, falou a advogada.

Na noite dessa terça-feira (1º), foi feito o pedido de liberdade para Carlos, alegando que ele é réu primário, com bons antecedentes, tem residência fixa, trabalha como vendedor de tênis e tem um filho menor que depende dele. A defesa ainda pediu pela revogação com substituição por medidas cautelares para que Carlos responda ao processo em liberdade.

O colombiano ainda relatou que estava com mais três amigos dentro da Mercedes e que sentiu uma batida forte do seu lado, continuando pela rua e parando só após algumas quadras. Após parar, os três amigos desceram, sendo que dois amigos moram na região do bairro Aero Rancho. Depois de deixar os amigos, Carlos falou que saiu desesperado ao ver o estrago em sua Mercedes dirigindo sem rumo. O colombiano ainda afirmou que não viu qual veículo havia batido em seu carro e que o sinal estava verde para ele.

Segundo informações passadas por um sargento da Polícia Militar que prendeu Carlos Hugo em Rochedo, ele contou que estava em uma tabacaria com amigos e que havia bebido whisky e cerveja, mas não disse a quantidade. A Mercedes estaria entre 80 e 100 km/h. Em depoimento, Carlos ainda afirmou que não estava bêbado.

Ele teria chegado a perguntar para o sargento qual seria a pena no Brasil para crimes de trânsito. Carlos Hugo foi autuado por homicídio simples na forma tentada, homicídio culposo na direção de veículo automotor e omissão de socorro. 

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