Condenado por matar Mayara a tesouradas há 5 anos, assassino continua preso em regime fechado

Mesmo com longo histórico de crimes violentos, Roberson havia ganhado liberdade provisória na véspera do assassinato

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Com 4 anos e 11 meses de pena cumprida, dos 17 que pegou após ser condenado em 2018 pelo assassinato da ex-namorada Mayara Fontoura Holsback, de 18 anos, Roberson Batista da Silva continua preso em regime fechado. Ele assassinou a ex, segundo ele, após ela negar parar de fazer programas sexuais.

O caso teve grande repercussão na época. Roberson havia acabado de sair da prisão quando invadiu a casa de Mayara para matá-la. Ele já havia sido condenado anteriormente por lesão corporal e também por tentativa de homicídio. Fugiu pelo menos três vezes do sistema prisional e mesmo assim ganhou liberdade provisória nas vésperas do dia do crime. Ele também colecionava mais de dez passagens envolvendo violência doméstica.

Na madrugada do dia 16 de setembro de 2017, o autor invadiu a casa da vítima, no Bairro Universitário, em Campo Grande, e a atacou. Ela foi encontrada deitada na cama, enrolada apenas a um edredom, já sem vida. Ao lado do corpo, havia uma tesoura ensanguentada. A polícia ainda encontrou vestígios de sangue no quarto e banheiro da casa.

Após o crime, o acusado ficou um mês e meio foragido da Justiça pelo assassinato, depois se apresentou na Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher), acompanhado de um advogado.

Na delegacia, ele chegou a falar que a monitorava pelo celular de dentro da cadeia. Disse ainda que a matou para se defender, após ela tentar golpeá-lo com a tesoura.

Julgamento e condenação

Roberson foi condenado durante julgamento no Tribunal do Júri em 1º de novembro de 2018. Para os jurados, ele alegou que houve uma discussão, pois a ex não queria deixar de fazer programas sexuais e que ele proporcionava a ela uma vida de luxo, deixando inclusive, uma BMW e uma motocicleta com a jovem, além de joias. “Resgatei ela, tirei ela desta vida (prostituição). Não tinha motivos para ela ter voltado”, disse aos jurados e juiz na época.

Com parte da pena cumprida, a previsão de progressão para o regime semiaberto é para setembro de 2024, caso tenha bom comportamento.

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