Cocaína escondida em colchões falsos que iria para São Paulo valeria ao menos R$ 40 milhões
Colchões com fundo de isopor eram produzidos em Campo Grande
Renata Portela –
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Totalizou 412,5 quilos a cocaína apreendida na noite de sexta-feira (30), na região do Jardim Monumento, em Campo Grande. A droga estava escondida em colchões falsos e já tinha sido carregada no caminhão, que a princípio seguiria para o Estado de São Paulo.
Conforme a delegada Ana Cláudia Medina, do Dracco (Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado), foram apreendidos 412,5 quilos de cocaína. O entorpecente era armazenado nos colchões falsos, feitos com espuma, isopor e tecido.
Os colchões já estavam embalados e carregados no caminhão baú, que faria o frete. A princípio o caminhoneiro foi contratado por meio de aplicativo e não sabia da existência da droga. Já o homem responsável pelo imóvel onde os colchões eram produzidos foi preso em flagrante.
A delegada citou que, pela forma como os colchões estavam embalados, há suspeita de que poderiam ser enviados para outros países em navios. Foram mais de 30 colchões apreendidos, produtos feitos artesanalmente. Na nota fiscal, constava informação de colchões ortopédicos, mas costuras e texturas fora do padrão levantaram suspeita da polícia.
A droga pode ser avaliada em ao menos R$ 40 milhões e, segundo a delegada, o imóvel já funcionava há aproximadamente 6 meses.
Droga nos colchões descoberta
De acordo com a polícia, equipe localizou o caminhão baú na Rua Filomena Segundo Nascimento e fez abordagem ao motorista. Ele contou que tinha acabado de carregar o caminhão com os colchões e no imóvel em que estava estacionado na frente.
No local, estavam um homem e um adolescente de 14 anos. O homem relatou que era responsável por abrir e fechar o local, além de carregar os colchões junto com o sobrinho adolescente. Ele disse que tinha sido contratado para aquela função.
O homem contou também que foi contratado para o serviço e ganhava um salário mínimo. Ele ainda disse que a empresa não abria todos os dias e só era usada para carregamento dos colchões, o que acontecia eventualmente.
Além disso, ele era a única pessoa com a chave, sendo que o patrão entrava em contato por telefone quando fosse necessário abrir. Os policias do Dracco perceberam que o imóvel não tinha qualquer identificação de empresa e, nos fundos do imóvel, havia placas de isopor em formato de colchões, com espumas e tecidos, além de máquinas de costura.
Aquilo indicava que os colchões eram fabricados ali, precariamente. Então, foi feita uma vistoria nos colchões e identificado que não tinham padrão de qualidade que constava na nota fiscal. Um dos colchões foi verificado e os policiais encontraram os tabletes de cocaína.
O responsável pelo imóvel alegou que o adolescente não tinha conhecimento da droga, apenas ajudava no transporte. Já o caminhoneiro relatou que tinha sido contratado já pela terceira vez para aquele serviço, mediante aplicativo de frete. Ele não tinha conhecimento do entorpecente, que já estava embalado, em saco plástico e com nota fiscal como se fossem colchões.
Foi acionada Perícia e o homem responsável pelo depósito indicou ainda o endereço onde morava, onde foi encontrada uma arma de fogo. Foi apreendido o revólver municiado, além de carregadores de pistola.
O responsável pelo local foi preso em flagrante por tráfico de drogas, associação para o tráfico, corrupção de menores e posse irregular de arma de fogo.
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