Casal do RJ que adotou ‘Borel’ para começar a vida em Campo Grande pede o animal de volta
Sem portão em casa, donos tiveram pitbull levado, mas agora reformaram o lugar para reaver o animal
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Quando o casal, acompanhado de duas crianças, decidiu vir para Mato Grosso do Sul, o pensamento era um só: fugir da violência do Rio de Janeiro, principalmente, da favela do Morro do Borel, onde viviam. E isso incluía começar uma vida nova em Campo Grande, com um cão pitbull que ganhou o nome de Borel. Só que, em uma casa sem portão, o animal ficava amarrado o tempo todo, em condições insalubres, até que os donos se arrependeram e agora pedem para reaver o animal.
A polícia ficou sabendo da situação de maus-tratos após denúncia anônima, em fevereiro deste ano. No dia 7, equipe da Decat (Delegacia Especializada de Repressão à Crimes Ambientais e Atendimento ao Turista) foi o bairro Oscar Salazar e constatou a veracidade das informações. Além de ficar amarrado o tempo todo, o cão estava em um terreno onde não havia abrigo da chuva e desnutrido.
Na ocasião, o pitbull Borel foi levado para uma ONG (Organização Não Governamental) de proteção animal, enquanto o casal esteve na delegacia para prestar esclarecimentos.
“Nós estávamos fazendo o boletim de ocorrência, formalizando o indiciamento por maus-tratos e eles já pediram para reaver o animal, dizendo que o amavam muito e fariam todas as adequações. Foi aí que eles assinaram um termo para poder recuperar o cão”, afirmou ao Jornal Midiamax o titular da Decat, Maércio Barboza.
No termo, estavam as seguintes condições: colocar um portão de ferro no local para que o cão não escapasse (tinha o espaço do portão mas ainda não tinha sido instalado); construir um piso nos fundos do terreno da casa, de cimento, para que o cão tivesse um local para pisar na hipótese de chuva, a fim de não permanecer no barro; que construísse uma casa coberta nesse piso, para o cão se abrigar, já que usavam uma sucata de geladeira, sem conforto algum para o animal; conserto de um problema hidráulico que provocava dispensa de água servida no quintal e deixava o ambiente insalubre para o animal; deixar cão ficasse solto, sem amarras.
“Ele cumpriu tudo e agora, diante disso, vamos devolver o pitbull para ele esta semana. É interessante, poi,s apesar das dificuldades financeiras, a família se empenhou para cumprir as adequações e assim terão o cão de volta. Eles demonstraram que realmente amavam o animal e também foram despertados para o fato de oferecer condições adequadas de vida a ele. Infelizmente, tem muitas pessoas que precisam ser despertadas desta maneira. Outras, poderão estar fazendo o mesmo e agora, podem mudar, sem a necessidade de uma intervenção policial, por exemplo”, argumentou Barboza.
Desta forma, o delegado fala que resolve a situação e não precisa deixar mais um animal em um lar temporário, por exemplo. “Outras pessoas estavam querendo adotá-lo, só que o casal, mesmo respondendo pelo indiciamento, pediu o retorno do animal. Bom para ele, que já convivia para a família e bom para a família, que o queria de volta. Agora, vamos continuar monitorando essa situação”, finalizou o delegado.
A pena para o crime de maus-tratos é de 2 a 5 anos de reclusão.
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