Assassino de Francielli é ‘caçado’ por força-tarefa e foge em bairro de Campo Grande

Adailton é considerado foragido

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Equipes fazem buscas por Adailton
Equipes fazem buscas por Adailton

Na tarde desta segunda-feira (31), equipes da Polícia Civil e Polícia Militar montaram uma força-tarefa em buscas por Adailton Freixeira da Silva, de 46 anos. Acusado de assassinar a esposa Francielli Guimarães Alcântara, de 36 anos, ele teria fugido do local e a princípio estaria armado.

Conforme informações apuradas no local, equipes da Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher), Batalhão de Choque e Polícia Militar foram até o Rua Lagoa Bonita, na região do Lagoa Park. A suspeita era de que Adailton estava em uma residência e armado com uma arma de fogo.

No entanto, o homem não foi encontrado. Inicialmente, ele teria conseguido fugir.

Tortura e morte

Francielli foi encontrada morta em casa, no Caiobá, e a princípio o caso foi tratado como morte natural pelo Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência). No entanto, no laudo da funerária, o delegado que atendeu ao caso percebeu lesões. O corpo foi encaminhado para verificação do óbito e o médico então retornou, alegando que os ferimentos não eram compatíveis com morte natural.

Assim, o corpo de Francielli foi encaminhado ao Imol (Instituto de Medicina e Odontologia Legal), onde foi confirmada a morte violenta. Francielli foi vítima de estrangulamento, asfixiada com um cordão em volta do pescoço. No corpo, várias outras lesões, dente quebrado, unhas quebradas, ferimentos na cabeça, o cabelo totalmente cortado, evidenciavam a tortura que ela sofreu por pelo menos um mês.

Ainda conforme o delegado Camilo Kettenhuber, da 6ª Delegacia, familiares procuraram a delegacia e relataram que a vítima era mantida em cárcere pelo marido. Ela teria confessado a ele um relacionamento extraconjugal, quando as torturas começaram. A mulher era proibida de sair de casa, mantida trancada, sem poder se comunicar com os familiares ou qualquer outra pessoa.

Na casa também viviam o filho do casal, de 17 anos, e um mais novo, de 1 ano e 8 meses, que seria fruto do relacionamento extraconjugal da vítima. Adailton questionava Francielli sobre a traição e, a cada resposta dada pela vítima, ele a levava ao quarto e a torturava. Ela era frequentemente cortada com faca e, segundo a polícia, as nádegas da vítima estavam sem a pele, cobertas com bandagens.

Equipes da 6ª DP e GOI (Grupo de Operações e Investigações) iniciaram trabalho de campo e localizaram o filho do casal, que foi ouvido, bem como outros familiares. Na casa, foi feita perícia e objetos usados nas agressões apreendidos, bem como o objeto que teria sido usado no estrangulamento.

Imagens de câmeras de segurança flagraram o autor saindo da residência, momentos após o feminicídio. A princípio, ele teria dito ao filho de 17 anos que a mulher tinha tomado medicamentos e falecido. Ele está foragido e o caso será investigado pela Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher).

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