Suspeito alega legítima defesa e diz que matou amigo de infância por achar que ele estava armado

Crime na segunda-feira no Jardim Leblon teria ocorrido por ciúmes; os dois tinham filho com a mesma mulher

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rafael
O acusado do crime e o advogado de defesa (Henrique Arakaki, Midiamax)

O acusado de matar a tiros Rafael Freitas Silva, de 29 anos, no Bairro Jardim Leblon, em Campo Grande, se apresentou junto de seu advogado na 6ª Delegacia de Polícia Civil, nesta sexta-feira (25). O crime aconteceu quando Rafael deixava o filho na casa da ex-mulher.

Para o delegado Camilo Kettenhuber, ele alegou legítima defesa, dizendo que atirou por medo, após Rafael fazer menção de estar armado levando as mãos na cintura. O advogado de defesa, Willian Maksoud, falou que vai apresentar os prints das ameaças feitas por Rafael ao seu cliente.

Ainda segundo o advogado, o acusado é CAC (Colecionador, Atirador Desportivo e Colecionador) e tirou o registro depois das ameaças feitas pela vítima, que mandava fotos do carro dele na rua com intenção de amedrontar. Rafael estava preso nessa época.

No dia do crime, o acusado estava na casa da ex-mulher com quem tem um filho. Ele tinha ido levar marmita para ela e o filho quando Rafael avisou que estava a caminho. Ele disse que após a chegada da vítima tentou sair do local, mas o carro falhou.

Rafael o alcançou e neste momento fez os disparos após a vítima fazer menção de estar armada. Ele disse que não andava com a arma no carro, mas passou a carregá-la depois das ameaças. O acusado foi ouvido e liberado.

A ex-mulher de Rafael foi ouvida na delegacia ainda na última segunda-feira. Ela contou que o relacionamento com a vítima era desde quando tinha 12 anos, depois se separaram e ela passou a se relacionar com o autor, com quem teve um filho.

Ela tinha se separado do autor em 2021. A mulher disse que já tinha registrado um boletim de ocorrência por ameaça contra o autor. O crime teria sido por motivo passional. Rafael tinha histórico de passagens pela polícia e ainda estaria cumprindo pena em regime semiaberto. Já o autor não tem passagens pela polícia.

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