Nesta sexta-feira (15), Giovanni Barbosa da Silva, o Bonitão, liderança do PCC (Primeiro Comando da Capital) foi removido para o Presídio Federal de Catanduvas (PR). Desde o domingo (10), quando foi expulso do e extraditado, ele era mantido na sede da Polícia Federal em Curitiba (PR).

De acordo com a Polícia Federal, a ação envolveu Polícia Militar, Polícia Civil, Casa Militar e Depen (Departamento Penitenciário Nacional). Bonitão foi entregue à Polícia Federal do Paraná no dia 10 e foi removido para a sede da PF em Curitiba no dia 13. Desde então permaneceu naquela unidade, com reforço de segurança local por conta da periculosidade do preso.

Com apoio do Grupamento de Operações Aéreas da Polícia Civil do Paraná, Bonitão foi levado até Catanduvas, onde permanecerá após pedido do MPF (Ministério Público Federal).

Foragido pela PF

Conforme já noticiado pelo Midiamax, Giovanni foi alvo da Operação Exílio da Polícia Federal, que ocorreu em e São Bernardo do Campo (SP). Na operação, um membro do PCC que estava foragido de São Paulo chegou a ser preso. No cumprimento dos mandados de busca apreensão, foram apreendidos 14 granadas, 4 fuzis, 2 pistolas Glock, 250 quilos de e R$ 50 mil em espécie.

Também foram apreendidos 7 carros de luxo, entre eles uma Mercedes e uma Range Rover. Segundo a Polícia Federal, o armamento seria usado em uma empreitada do PCC, mas não foram revelados mais detalhes. O grupo foi investigado por aproximadamente três meses, após a quadrilha ser descoberta por conta de uma grande movimentação de carros luxuosos na casa dos alvos. Giovanni conseguiu driblar a polícia e ficou foragido. No entanto, acabou preso no último sábado (9).

Tentativa de extorsão e tiroteio

VÍDEO: Após pedido do MPF, Bonitão do PCC é removido para Presídio Federal
Giovanni, o ‘Bonitão', apontado como liderança do PCC na (Divulgação)

Denúncias apontam que a suposta tentativa de resgate de Giovanni teria ocorrido após negociação frustrada pela liberdade do líder da facção na fronteira. A princípio, agentes paraguaios de Pedro Juan Caballero teriam exigido US$ 1 milhão para soltarem o criminoso, mas houve desacordo.

Segundo sites de notícia paraguaios, um vídeo feito no momento da detenção mostraria que ele foi levado por alguns policiais até a Base de Investigação Criminal por volta das 19h50. Tudo teria corrido com tranquilidade, sem intercorrências. Já preso, Bonitão teria sido coagido a pagar o referente a US$ 1 milhão, para que fosse liberado.

Ele aceitou e chegou a desembolsar metade do valor, mas a negociação acabou frustrada. Bonitão entregaria o restante na segunda-feira, mas quando o grupo foi pagar os 500 mil dólares ainda na madrugada de domingo (10), houve uma discussão entre os agentes e os ‘soldados' de Giovanni, que terminou com o tiroteio.

Durante a troca de tiros, um paraguaio ficou gravemente ferido. Um dos policiais chegou a ser feito refém, mas os integrantes do PCC acabaram fugindo e abandonando o chefe. Após a decisão do presidente Mario Abdo pela extradição de Giovanni, os policiais paraguaios teriam distribuído o dinheiro sujo.

Expulsão e mortes

No mesmo dia do tiroteio, Bonitão foi expulso do Paraguai e entregue à Polícia Federal do Paraná. Já na noite de segunda-feira, integrantes do PCC que teriam participado do tiroteio e tentativa de resgate do preso foram mortos em confronto com policiais do Garras (Delegacia Especializada Repressão a Roubos a Banco, Assaltos e Sequestros).

Oito homens morreram e todos seriam de origem paraguaia. Na manhã de quarta-feira (13), o policial Freddy Cesar Diaz foi executado em Pedro Juan Caballero, quando dirigia um carro que custodiava até a delegacia. Ele foi surpreendido por pistoleiros que estavam em uma motocicleta.

A suspeita é de que tenha sido uma retaliação por conta da extorsão feita a Bonitão.