Trio suspeito de executar jovem por ‘menos de uma caixa de cerveja’ no Tijuca é preso

Polícia ainda encontrou arma usada no assassinato enterrada em quintal de residência

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Policiais do Batalhão de Choque prenderam na madrugada desta quinta-feira (1º) três homens acusados pela participação no assassinato de Luiz Felipe da Silva, de 22 anos, alvejado por mais de 20 tiros no Jardim Tijuca, nesta quarta-feira (31). Durante a ocorrência, a polícia apreendeu a arma que foi utilizada no crime e também fechou um ‘laboratório de entorpecente’, em Campo Grande.

Após o assassinato no Tijuca, os policiais do Choque passaram a fazer diligências para localizar os suspeitos, quando avistaram no bairro Guanandi um veículo Fiat Uno, de cor prata, que teria sido utilizado no crime. O homem que conduzia o carro tem 23 anos e quando chegava em uma residência, foi abordado pelos policiais. Ele afirmou que morava na casa com um amigo de 22 anos, este que era o dono da residência.

Questionado sobre o veículo Fiat Uno, o jovem ficou nervoso, momento em que os policiais entraram na casa, localizando porções de maconha e papelotes de cocaína. O rapaz de 23 anos então afirmou que trabalhava para o dono da casa e recebia R$ 400 para embalar a droga.

Sobre o carro, disse que entregou para um homem conhecido como ‘Gordinho, neguinho’ e o comparsa vulgo ‘Magrelo’, a mando do dono da residência. O Fiat Uno foi emprestado por volta das 9h35 e devolvido às 15h50. Na devolução, o jovem de 23 anos chamou carro de motorista de aplicativo para os autores e com as informações, os policiais do Choque conseguiram chegar a outro endereço no bairro Aero Rancho.

Já neste local onde os suspeitos teriam sido deixados pelo motorista de aplicativo, ‘Gordinho, neguinho’, de 34 anos, foi localizado. Ele confessou participação no homicídio, entregando aos policiais um carregador de pistola com três munições intactas e informando que a arma do crime estaria com o comparsa ‘Magrelo’ de 20 anos, no bairro Tarumã.

O endereço do Tarumã seria de uma casa pertencente a irmã de Magrelo. Ele conseguiu fugir ao ver os policiais, mas após cerco foi localizado em cima do telhado, no bairro Taquarussu. Magrelo também confessou participação no homicídio de Luiz Felipe, junto com Gordinho, mas não informou a motivação do crime ou se agiram a mando de uma terceira pessoa.

Sobre a arma usada no crime, Magrelo disse que enterrou a pistola .380 no quintal da casa da irmã no Tarumã. A arma foi apreendida. Foram presos: o jovem de 23 anos que estava na casa com a droga, Gordinho e Magrelo. O veículo Fiat Uno foi apreendido.

Execução

A suspeita é de que a vítima estaria vendendo drogas na região, “disputando” o comércio com o outro traficante. Este, não teria gostado de saber que Luiz vendia droga sem comprar dele. Um adolescente de 15 anos, que presenciou o crime, ainda afirmou que já foi ameaçado pelo traficante – que está preso, mas continua comandando a venda de entorpecentes na região.

No momento do assassinato, o adolescente relatou que estava com Luiz e outro rapaz na casa, quando “um homem ‘gordinho’ chegou e pediu uma paradinha (sic)”. O suspeito dirigia um veículo Fiat Uno de cor cinza, segundo o adolescente, e desceu do carro já fazendo os disparos.

A testemunha contou que conseguiu correr para atrás do sofá, na tentativa de se esquivar dos disparos, mas ainda foi atingido de raspão em uma das mãos. Por fim, ele relatou que o traficante teria dito que “o valor para matar Luiz seria menos de uma ‘caixinha’ de cerveja (sic)”.

O outro rapaz teria conseguido se esconder na parte de trás do imóvel. Ao sair de trás do sofá, o adolescente já teria encontrado Luiz morto, e ainda alegou que dois dos ocupantes do carro “deram um confere (sic)” na vítima, para terem certeza de que estava morto.

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