Empresa especializada na venda de equipamentos médicos na está sendo investigada pelo MPMS (Ministério Público Estadual de Mato Grosso do Sul) por suposto estelionato. Conforme inquérito instaurado pela 43ª Promotoria de Justiça de Campo Grande, consumidores lesados alegam terem pago por mercadorias que nunca foram entregues. 

O caso veio à tona a partir da denúncia de uma consumidora, que afirma ter comprado um produto pelo site da Nexgen Médica, mas que jamais recebeu a encomenda. Além do MPMS, o caso também é investigado pela Polícia Civil. No Portal “Reclame aqui”, plataforma em que consumidores podem expor sua insatisfação contra empresas de vários ramos, há 27 reclamações contra a Nexgen e todas sem resposta.

Não entregam o produto – Fiz uma compra de uma autoclave no site e como o preço estava mais baixo que nas outras lojas, resolvi procurar se a loja era confiável. Ate o momento não havia nenhuma reclamação no reclama aqui. Me deram um prazo de entrega e não chegou. Entrei em contato por email e me responderam no whats app dizendo que tiveram um problema com a transportadora e deram um novo prazo. O novo prazo também não foi cumprido. Depois disso entrei no reclame aqui e constatei que agora existem algumas reclamações como a minha! Realmente parece que o site é falso (sic)”, lê-se em uma das reclamações ignoradas.

Tem que tirar o site – Comprei um autoclave há um mês e nunca recebi. Também ninguém responde o whatsapp, o telefone sempre ocupado (sic)”, diz outro cliente.

Sem resposta após confirmação de pagamento – No dia 12/07/2021 fiz a compra de um Ultrassom pelo site dessa empresa. No momento da compra online, havia a informação de que após a confirmação do pagamento, disponibilizariam o código de rastreamento e status do pedido. Após a confirmação do pagamento, por boleto gerado pelo banco Itaú, pararam de se comunicar comigo pelo whatsapp, não me respondem, o telefone não atende, nenhum dos meios de comunicação entre empresa e funcionam (sic)”.

“Tais fatos contrariam e desrespeitam, em tese, […] o Código de Defesa do Consumidor por serem, a princípio, atentatórios aos interesses econômicos dos consumidores e por teoricamente se caracterizarem como métodos desleais. […] Assim, e considerando que ainda existem diligências a serem promovidas, há necessidade de se aprofundar as investigações a respeito da questão tratada nestes autos”, disse o promotor de Justiça Luiz Eduardo Lemos de Almeida. Ele ainda afirma que o inquérito é pertinente, uma vez que o site continua no ar e outras pessoas podem ser lesadas.

A equipe de reportagem do Midiamax tentou contato com a empresa em dois números comerciais diferentes, um deles WhatsApp, bem como em um terceiro número da suposta representante, mas não obteve resposta. Ainda de acordo com o MPMS, foi dispensada a intimação da empresa neste momento, uma vez que não tem endereço físico em Campo Grande para receber documentos, bem como não é possível contato por telefone.