O Oswaldo Ferreira Benites Júnior de 39 anos agredido nesta quinta-feira (04) por não usar máscara na UBSF (Unidade Básica de Saúde da Família Residencial) do Jardim Azaléia gravou um vídeo onde relata sua versão a respeito do ocorrido.

Ele foi à unidade para que a esposa fosse atendida. “Eu também queria passar por atendimento médico para dar um segmento no acompanhamento que faço e pegar inclusive um atestado novo”, diz o radialista que

Oswaldo conta que a gerente do posto foi mal-educada com ele. Ainda segundo o radialista, a gerente teria dito que iria chamar a Guarda Municipal. “Diz que era para a gente resolver com a guarda”, conta.

O autor das agressões, segundo Oswaldo chegou em um carro preto na unidade, o empurrou, o agrediu e fez ameaças. O radialista conta que a esposa dele também foi agredida, na frente do filho do casal.

Com o olho direito machucado, o radialista afirma no vídeo às agressões sofridas pelo desconhecido que pode ter ligação com a gerente da unidade. “Lamentável”, diz Oswaldo que procurou a delegacia a respeito das agressões sofridas.

Já em relação a não utilização da máscara, ele conta que possui atestado devido a uma rinossinusite crônica para a não utilização da máscara que piora os sintomas da doença. “Eu tenho a comprovação médica de que eu não uso máscara por que eu tenho problema com renite alérgica”.

“Nariz tranca, eu fico com falta de ar. O decreto nos permite a não utilizar máscara”, diz o radialista citando o artigo segundo do decreto municipal sobre a obrigatoriedade de máscaras, na qual consta no parágrafo III que: “demais pessoas cuja necessidade seja reconhecida, devendo ser atestada a impossibilidade de uso de máscara pelo serviço de saúde (atestado médico)”.

O radialista enviou à reportagem o atestado datado em 22 de junho do ano passado. “Paciente Oswaldo Ferreira Benites é portador de rinossinusite crônica com piora de sintomas com uso de máscara facial”, consta no atestado.

Em relação ao uso de máscara, a (Secretaria Municipal de Saúde) informa que o atestado não o libera do uso de máscara facial. Ele tem uma condição crônica e o médico fez somente uma observação, afirma a secretaria. Já sobre o as agressões, a Sesau divulgou uma nota:

A Sesau está ciente e acompanhando este caso. A informação é de que realmente o paciente foi buscar atendimento na unidade durante a tarde sem o uso de máscara e ao ser questionado por uma servidora passou a agredir verbalmente a equipe, sob argumento de que ele não precisava fazer o uso do ítem de proteção, contrariando o decreto municipal que determina a obrigatoriedade do uso de máscaras em estabelecimentos públicos do município. Uma pessoa que estava na unidade teria se incomodado com a situação e se dirigiu em direção do rapaz o questionando sobre a sua atitude, momento em que ele teria se alterado mais uma vez tendo o mesmo revidado com um soco para o afastar. A Guarda Cívil Metropolitana (GCM) chegou a ser acionada, mas o usuário já havia se retirado da unidade. A gerente compareceu à delegacia para registrar boletim de ocorrência sobre a situação. Cabe esclarecer que as unidades de saúde são locais que recebem centenas de pacientes com as mais variadas patologias e, diante de uma pandemia de uma doença respiratória e altamente transmissível, é necessário cumprir todas as regras estipuladas, do contrário pode ocorrer riscos à saúde coletiva.