Preso e algemado no dia da formatura, aluno PM ameaçava matar oficiais mulheres

Ele ainda teria dito que conduta de uma militar era ‘falta de sexo’

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Preso em flagrante durante a formatura dos cadetes da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul, Mc Arthur Soares de Oliveira Franco se tornou réu em mais um processo. No fim de março, o aluno oficial foi denunciado por ameaça e injúria, após ter dito que mataria policiais mulheres e que a atitude de uma delas seria por ‘falta de sexo’.

Conforme a denúncia apresentada pelo MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), no dia 24 de fevereiro, na Academia de Polícia Militar, o aluno teria ameaçado causar mal injusto e grave a três policiais, uma capitã e duas majores. Ainda durante o curso de formação de oficiais, ele teria injuriado um colega, esposo de uma policial militar.

A peça detalha que naquele dia 24 de fevereiro, os alunos se reuniram para treinamento, para a solenidade da entrega do Espadim Tiradentes (ocasião em que Mc Arthur foi preso em flagrante). Neste dia, quatro alunas questionaram o acusado porque ele não gostava das policiais femininas.

Ele teria dito que não gostava daquelas que o perseguiam, se referindo a uma oficial em particular. As alunas também perguntaram sobre os boatos de que ele “iria matar todo mundo”, quando obtiveram a resposta de que “seu alvo eram as oficiais da Academia, que o perseguiam e que teria sido punido apenas por oficiais femininas e que, por isso, as mataria”.

Pela gravidade dos fatos, a denúncia aponta que teria sido decretada a prisão preventiva do acusado. Em outro momento, o oficial teria injuriado várias vezes um colega, que namora uma tenente. Várias vezes ele teria dito em tom irônico e com conotação sexual que “foi anotado pela tenente porque falta alguma coisa em casa”.

O aluno também teria dito ao colega frases como “que ele deve domar a militar, porque sua postura na academia é falta de sexo” ou “a tenente está brava né, acho que você não está comparecendo”. Com isso, o aluno foi denunciado nos crimes de ameaça e injúria. A denúncia foi recebida pelo juiz Alexandre Antunes da Silva, da Auditoria Militar, e o aluno oficial agora é réu em mais um processo.

Prisão na formatura

Conforme o auto de prisão em flagrante, os cadetes se preparavam para o desfile por volta das 16 horas, quando ocorreu a discussão entre Franco e outro cadete. Houve agressão e Franco teria atingido o outro militar com um soco, sendo contido por outros cadetes que estavam no local, algemado e encaminhado para a Corregedoria.

Segundo a capitã responsável pela prisão, ela estava na academia da PMMS como comandante do pelotão de cadetes, quando foi procurada por Franco. Ele questionou sobre qual seria a posição dele no desfile e foi orientado a ficar em penúltimo na fila, na frente de outra cadete. No entanto, ele questionou se não deveria ficar em último.

Momentos depois, a capitã percebeu uma movimentação no mezanino e ao subir viu o cadete Mc Arthur agredindo outro cadete. Os militares tentavam conter a briga e o PM gritava ‘me solta’ e também chamava pelo pai. O PM que foi agredido com um soco deu a voz de prisão e, como estava agitado, o militar foi algemado e levado por equipe do Batalhão de Choque até a Corregedoria.

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