Policial militar que matou o sogro com dois tiros em fazenda é absolvido em júri popular
Cabo da PMMS ainda chegou a fugir após o crime
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Foi a júri popular o cabo da PMMS (Polícia Militar de Mato Grosso do Sul) Leandro Pavão, acusado do homicídio do sogro Gregório de Souza Escobar, de 60 anos. O crime aconteceu em 16 de fevereiro de 2020, em uma fazenda de Iguatemi, município que fica a 466 quilômetros de Campo Grande.
Segundo a denúncia apresentada, o militar estava em uma fazenda, acompanhado da esposa e do sogro, além das duas filhas menores. Ele teria atirado 4 vezes, atingindo o sogro com 2 tiros, no peito e no ombro. Consta no registro que ele também teria atirado contra a esposa, que foi atingida de raspão, além de a agredir.
O Conselho de Sentença desclassificou a imputação da denúncia e, assim, o réu acabou absolvido, conforme decisão assinada pelo juiz Vinicius Aguiar Milani. Leandro estava preso desde o dia do crime e chegou a ficar no Presídio Militar, em Campo Grande.
Denúncia e depoimentos
Inicialmente, a denúncia implicava que o réu teria agredido a esposa e matado o sogro, que tentava separar a briga. No entanto, no júri popular, a esposa contou que estava com o marido e o pai, na fazenda dos sogros, onde comemoravam um aniversário. Em determinado momento, o marido quis ir embora, mas ela não quis.
O casal começou a discutir, mas entrou no carro para ir embora. O PM dirigia o veículo, com o sogro no banco do passageiro, a esposa e as filhas no banco de trás. Na saída da fazenda, a briga continuou, quando genro e sogro entraram em luta corporal, ainda no veículo. Eles desceram e continuaram as agressões.
Conforme a mulher, ela tentou separar a briga, quando sofreu os ferimentos. Gregório, então, teria pegado um pedaço de pau, quando o militar foi até o carro e pegou a arma, dando dois tiros para cima. Os dois entraram em luta corporal novamente, quando o sogro tentou desarmar o policial e outros disparos aconteceram.
Gregório chegou a ser socorrido, mas não resistiu aos ferimentos. O policial fugiu para casa, com as filhas, mas acabou se entregando quando equipes da Polícia Militar com o Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais) chegaram. Com isso, o júri não entendeu caso de homicídio doloso, já que a alegação do réu é de que os tiros que atingiram o sogro foram acidentais.
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