A polícia procura por um homem que teria emprestado o veículo Fiat Uno, usado para levar os autores até a residência de Luiz Felipe da Silva, de 22 anos, que foi executado com mais de 20 tiros no Jardim Tijuca, nesta quarta-feira (31). Três homens foram presos na madrugada desta quinta-feira (1º) por policiais do Batalhão de Choque. A Polícia Civil os indiciou pelos crimes de homicídio qualificado, tráfico de drogas e homicídio doloso. Além disso, pediu a prisão preventiva dos autores.

Agora, de acordo o delegado Mikail Faria, que está à frente das investigações, a Polícia Civil já representou pela prisão preventiva do dono do Uno. O proprietário do carro seria funcionário de um traficante que está preso na Penitenciária de Segurança Máxima de Campo Grande desde 2018. Mesmo preso, continuou atuando no tráfico de drogas na região e ao ver Luiz Felipe como uma ‘concorrência’ no tráfico de drogas, ordenou o crime.

Prisão de trio

Após o assassinato no Tijuca, os policiais do Choque passaram a fazer diligências para localizar os suspeitos, quando avistaram no bairro Guanandi um veículo Fiat Uno, de cor prata, que teria sido utilizado no crime. O homem que conduzia o carro tem 23 anos e quando chegava em uma residência, foi abordado pelos policiais.

Após isso, os policiais chegaram a outros dois homens, ‘Gordinho, neguinho’ e ‘Magrelo‘, estes que pegaram o carro emprestado para ir até o Tijuca cometer o crime. A arma foi localizada enterrada no quintal da residência da irmã de ‘Magrelo’, no Jardim Tarumã.

Motivação

A polícia suspeita de que a vítima estaria vendendo drogas na região, “disputando” o comércio com o outro traficante, o que está preso na Máxima. Este, não teria gostado de saber que Luiz vendia droga sem comprar dele. Um adolescente de 15 anos, que presenciou o crime, ainda afirmou que já foi ameaçado pelo traficante, mas continua comandando a venda de entorpecentes na região.

No momento do assassinato, o adolescente relatou que estava com Luiz e outro rapaz na casa, quando “um homem ‘gordinho’ chegou e pediu uma paradinha (sic)”. O suspeito dirigia um veículo Fiat Uno de cor cinza, segundo o adolescente, e desceu do carro já fazendo os disparos.

A testemunha contou que conseguiu correr para atrás do sofá, na tentativa de se esquivar dos disparos, mas ainda foi atingido de raspão em uma das mãos. Por fim, ele relatou que o traficante teria dito que “o valor para matar Luiz seria menos de uma ‘caixinha’ de cerveja (sic)”.

O outro rapaz teria conseguido se esconder na parte de trás do imóvel. Ao sair de trás do sofá, o adolescente já teria encontrado Luiz morto, e ainda alegou que dois dos ocupantes do carro “deram um confere (sic)” na vítima, para terem certeza de que estava morto.