A 2ª Câmara Criminal do TJMS (Tribunal de Justiça de ) negou pedido de impronúncia e absolvição sumária de Evaldo Cristyan Dias Zenteno, acusado de matar afogado o próprio filho, o bebê Miguel Henrique dos Reis Zenteno. A defesa havia recorrido solicitando impronúncia do crime de homicídio qualificado, ou então, em caso de negativa, que fosse retirada a qualificadora do recurso que dificultou a defesa da vítima.

“A impronúncia em relação ao crime de tentativa de homicídio qualificado, não conduz diretamente à absolvição sumária do recorrente. Os elementos informativos contidos nos autos não levam à conclusão sumária da inexistência do fato […] a qualificadora do meio cruel foi fundamentada com base no fato do acusado ter asfixiado a vítima por afogamento, já a qualificadora do recurso que dificultou a defesa da vítima, foi amparada no fato do filho do réu estar dormindo no momento do crime”, lê-se na decisão do José Ale Ahmad Netto.

O crime ocorreu no dia 19 de setembro de 2019. Conforme já noticiado, Evaldo foi preso em flagrante após matar o filho de dois anos afogado em uma bacia, na casa em que morava no Guanandi. Ele ainda levou a criança para a Santa Casa de Campo Grande, já sem vida, e tentou mentir para os policiais sobre o crime dizendo que o bebê havia sido levado por assaltantes, que jogaram a criança dentro do córrego na Avenida Ernesto Geisel.

Antes do crime por volta das 6 horas da manhã daquele dia, a ex-mulher teria ligado para Evaldo para saber do filho, momento em que ele teria dito que estava tudo bem com o menino. Já por volta das 14 horas, o rapaz ainda teria mandado uma foto do filho sentado em uma cadeira para a ex-mulher. E já às 16 horas ligou falando do suposto e em seguida da morte de Miguel.

Em depoimento na delegacia, Evaldo acabou confessando que matou a criança. Ele chegou a dizer que o menino estava dormindo quando foi colocado na bacia cheia de água. Evaldo teria premeditado o crime e foi bastante frio durante a prisão, sem demonstrar arrependimento ou tristeza pela morte do filho. O pai foi preso enquanto buscava atendimento para o filho na Santa Casa.