Comandante do Militar de , coronel Hugo Djan Leite, falou sobre os casos de suspeita de coronavírus entre alunos, mas ressaltou que “não existe metodologia de ensino militar a distância”. Nesta segunda-feira (23), o Jornal Midiamax noticiou denúncia feita por familiares de alunos bombeiros que estão com suspeita de Covid-19.

“Preciso formar aqueles bombeiros para atenderem a sociedade. Não posso parar o curso, esperar a pandemia e depois retomar”, relatou o coronel Djan. Ainda segundo o comandante, os militares participam do curso dentro da possibilidade de biossegurança, com uso de máscara, álcool em gel e distanciamento, quando possível.

“Como vou ensinar uma pessoa a salvar você e sua família de um acidente de trânsito, mantendo 1,5 a 2 metros de distância, não tem como”, alegou. “Os alunos estão colocando as vidas deles em risco para atenderem a sociedade”, finalizou.

Entenda o caso

Parentes dos 40 alunos soldados do curso de formação dos Bombeiros Militares de Mato Grosso do Sul procuraram a reportagem Midiamax. Eles denunciam que 7 alunos estão com suspeita de Covid-19, mas participaram de teste de aptidão física normalmente.

Os soldados do curso de formação fizeram teste físico na e muitos estariam passando mal. Na semana passada, um suposto ‘surto' de Covid teria paralisado o curso dos alunos oficiais. O mesmo não aconteceu com os alunos soldados que, inclusive, ficaram com a escala mais apertada por conta da interrupção do curso.

“Eles acabam tomando água na mesma caneca no intervalo de cinco minutos que têm. Então, é praticamente impossível que não estejam todos contaminados e colocando em risco a vida dos familiares também”, diz um dos denunciantes.

O Jornal Midiamax entrou em contato com a assessoria de imprensa do Corpo de Bombeiros para saber sobre a situação dos alunos e como resposta obteve que não houve relatos de suspeitas de contaminação entre os soldados. Já entre os oficiais, 13 estariam afastados ou fazendo testes de Covid-19, por isso, as aulas do curso foram canceladas. São 24 alunos no curso e 7 estão com diagnóstico confirmado.

Ainda de acordo com a assessoria, os soldados não ficam no mesmo ambiente em que os oficiais, o que não justificaria a suspensão do curso de soldados, mas se houverem suspeitas farão o teste. Ao todo são 43 alunos no curso de soldados, 23 alunos no curso de oficiais do 2º ano e mais 24 alunos do 1º ano.