Justiça recebe denúncia contra acusado de homicídio por causa de motoclube em MS

Autor matou a vítima por ela negar que ele participasse de um grupo de motociclistas

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Crime aconteceu em Coxim
Crime aconteceu em Coxim

A juíza Tatiana Dias de Oliveira Said, da Vara Criminal de Coxim, a 253 quilômetros de Campo Grande, recebeu denúncia contra Washington Vieira Gonçalves, tatuador acusado do homicídio de Antônio Paulo de Andrade, ocorrido no dia 24 de outubro do ano passado. A vítima foi morta a tiros em um desentendimento por causa de um motoclube. Foi marcado para o próximo dia 14 a audiência de instrução e julgamento do caso, conforme divulgado no Diário Oficial de Justiça de terça-feira (06), disponível para consulta pública.

Após a prisão, a defesa havia recorrido requerendo a nulidade do recebimento da denúncia, por ausência de fundamentação, rejeição da denúncia e absolvição diante da prova de excludente de ilicitude. Entre as argumentações, a defesa sustentava que o réu agiu em legítima defesa. “No que tange à alegação de absolvição sumária do réu por legítima defesa, não foi demonstrada, nem palidamente, a presença de todos os elementos da referida excludente de ilicitude”, afirmou a magistrada em sua decisão ao negar o pedido.

Consta na denúncia oferecida pelo MPMS (Ministério Público Estadual de Mato Grosso do Sul) que na data dos fatos, a vítima estava em uma conveniência na região do bairro Senhor Divino, quando houve uma discussão entre a vítima e o autor. Washington alegava que fazia parte de um determinado grupo de motociclistas. A vítima, por sua vez, diz também ser deste grupo e afirmava que Washington não fazia parte. Além disso, reiteradamente era contra a participação de Washington no referido motoclube.

Naquele dia, após o bate-boca, o réu teria saído do local e ido para a casa. Antonio teria ido atrás e iniciado uma discussão na frente da casa do autor, que pegou um revólver e o matou. Após o crime, o tatuador foi preso.  A defesa chegou a recorrer junto ao STF (Supremo Tribunal Federal) pedindo a revogação da prisão preventiva, mas o ministro Dias Toffoli negou seguimento ao pedido de habeas corpus.

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