Justiça demite diretor das penitenciárias e adota novas medidas no Paraguai

Decisão foi tomada a partir de privilégios concedidos a presidiário envolvido em chacina na fronteira

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A penitenciária de Pedro Juan Caballero foi o estopim das mudanças
A penitenciária de Pedro Juan Caballero foi o estopim das mudanças

O Ministério da Justiça do Paraguai, além de demitir o diretor geral de Estabelecimentos Penitenciários, Antonio Bazán, adotou uma série de medidas após os últimos fatos ocorridos na Penitenciária de Pedro Juan Caballero, no Departamento de Amambay.

Bazán foi substituído por Cristian Ortiz, que ficará no cargo de forma interina. Além disso, foi anunciada a criação de uma “Comissão de Verificação de Estabelecimentos Penitenciários”, que terá a função de controlar todas as prisões do país vizinho.

O Ministério da Justiça também instituiu a Diretoria de Assuntos Internos e Anticorrupção com a finalidade de “apurar possíveis omissões ou irregularidades quanto às atribuições e obrigações da referida agência”.

O órgão também anunciou a demissão de 102 funcionários da instituição que deixaram de cumprir as funções. Por esse mesmo motivo, mais 53 pessoas deixaram de acessar a renovação de seus contratos somente em 2021.

A mudança no alto comando do sistema prisional paraguaio foi acelerada após vistorias feitas na Penitenciária Regional da capital do Departamento de Amambay, onde foi descoberta a existência de uma ‘cela de luxo’, em que estava o traficante Faustino Ramón Aguayo.

Ele foi surpreendido na companhia de Mirna Keldryn Romero Lesme, considerada pivô no ataque de 9 de outubro. Ela é filha de um alto funcionário da prefeitura, próximo à família Acevedo, e teria sido amante de Osmar Álvarez, o ‘Bebeto’, e amiga de Haylée Acevedo, filha do governador de Amambay.

 

 

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