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Polícia

Irmão de ‘gerente’ do jogo do bicho se torna réu na Omertà após perícia em celular

Na quinta-feira (21), foi recebido aditamento da denúncia da Arca de Noé, sexta fase da Operação Omertà que trata da investigação sobre exploração do jogo do bicho em Campo Grande e cidades do interior. Com isso, Manoel Luiz Borges, irmão de Darlene Luiza, também e tornou réu no processo e é apontado como gerente da […]
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Na quinta-feira (21), foi recebido aditamento da denúncia da Arca de Noé, sexta fase da Operação Omertà que trata da investigação sobre exploração do jogo do bicho em Campo Grande e cidades do interior. Com isso, Manoel Luiz Borges, irmão de Darlene Luiza, também e tornou réu no processo e é apontado como gerente da organização.

Conforme o aditamento da denúncia apresentado pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), foi feita perícia no celular de Manoel, após a deflagração da sexta fase da Omertà no dia 2 de dezembro de 2020. Com isso, só foi possível analisar o conteúdo após apresentação da primeira denúncia.

No aparelho de Manoel foram identificadas várias mensagens que expunham envolvimento no jogo do bicho. Embora ele apagasse o conteúdo, isso não impede a perícia, já que as mensagens acabam ainda armazenadas no celular. Para o Gaeco, Manoel é gerente e responsável pela contabilidade de jogos e prêmios, além de controle e manutenção de celulares usados na atividade do jogo do bicho.

Irmão de ‘gerente’ do jogo do bicho se torna réu na Omertà após perícia em celular
(Arquivo, Midiamax)

Ele também seria responsável pelo controle financeiro, especialmente na transferência e depósito do jogo do bicho em Bandeirantes. No aparelho celular também foram encontradas fotos de anotações referentes à prática ilícita. Em uma das conversas ele ordena que uma pessoa “pegue o dinheiro do bicho e entregue ao patrão”.

Irmão de Darlene Luiza, já apontada na denúncia inicial como gerente do jogo do bicho, ele também ocuparia cargo semelhante. No aparelho telefônico ainda foram encontradas e chamaram atenção do Gaeco fotos de viaturas e policiais do Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Banco, Assaltos e Sequestros). Esse tipo de conteúdo também foi encontrado no celular de outro réu.

Após pedido de aditamento, o juiz Roberto Ferreira Filho, da 1ª Vara Criminal de Campo Grande, recebeu a denúncia, tornando Manoel réu no processo. Ele responde pelos crimes de integrar organização criminosa armada, exploração do jogo do bicho e lavagem de capitais.

Outros réus

A denúncia inicial feita pelo Gaeco foi recebida na última sexta-feira (15), na 1º Vara Criminal de Campo Grande. Assim, 15 se tornaram réus, sendo eles Jamil Name, Jamil Name Filho, Jamilson Lopes Name, Darlene Luiza Borges, Augustinho Barbosa Gomes, Cícero Balbino, José Ney Martins, Leonir Pereira de Souza, Marcilene de Lima Ferreira, Paulo Sérgio Paes de Lira, Raymundo Nery de Oliveira, Renato de Lima Fontalva, Ricardo Alexandre Cáceres Gonçalves e Tatiana Freitas.

Agora, totalizam 16 réus no processo que trata da exploração do jogo do bicho na Capital e cidade do interior de Mato Grosso do Sul. Cláudio Rosa de Moraes também era investigado e foi denunciado, mas acabou morrendo de coronavírus enquanto preso.

Arca de Noé

A sexta fase da Operação Omertà foi realizada em 2 de dezembro, por agentes do Gaeco, Garras, com apoio do Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais), Batalhão de Choque e Força Tática.

Além dos mandados de prisão contra os réus, também foram cumpridos mandados de busca e apreensão e feito o bloqueio de mais de R$ 18 milhões das contas da Pantanal Cap. A empresa foi alvo da ação e foi lacrada, mediante determinação da Justiça.

Além da sede, também foram cumpridos mandados na casa do deputado Jamilson Name, filho de Jamil Name, alvo da primeira Omertà e também dono da Pantanal Cap.

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